A assassina mais famosa do Brasil vai passar a Páscoa fora da prisãoot
Suzane von Richthofen, condenada em 2006 a 39 anos de prisão pela morte dos pais, será beneficiada com a primeira saída temporária de cinco dias. Rica e bonita, casou-se em 2014 com outra detida.
Se o magnata da construção civil Marcelo Odebrecht ou o ex-braço direito de Lula da Silva José Dirceu, os presos mais mediáticos da Operação Lava-Jato, fossem autorizados a passar a Páscoa em casa, o tema seria no máximo notícia de rodapé. Se for Suzane von Richthofen não: Suzane, hoje com 32 anos, é a criminosa mais mediática do Brasil por ter participado na morte dos pais em 2002, aos 18 anos.
Em 1999, a abastada família Von Richthofen, constituída por Manfred, engenheiro alemão imigrado no Brasil, Marísia, bem-sucedida psiquiatra descendente de portugueses e libaneses, e os filhos Suzane, então com 15 anos, e Andreas, de 12, foi passear ao Ibirapuera, maior zona verde de São Paulo. Lá, Andreas encantou-se com as manobras de Daniel Cravinhos, 17 anos, um campeão de aeromodelismo. Mais tarde, com Andreas como cupido, Daniel e a bela Suzane iniciaram namoro.
Manfred e Marísia não se importaram até perceberem que Suzane faltava às aulas, dormia às escondidas na própria casa com Daniel e consumia drogas leves, como maconha, e menos leves, como ecstasy, provavelmente fornecidas por Cristian, problemático irmão de Daniel. Já após discussões públicas entre ambos, Suzane pediu ao pai para lhe alugar um apartamento para morar com o namorado. “Não”, disse Manfred.
Após dias de planeamento, a 31 de outubro de 2002, Suzane e Daniel convidaram Cristian a participar do assassínio dos Von Richthofen, simulando um roubo seguido de morte e usando o ingénuo Andreas, à espera dos três num cibercafé, como álibi. Munidos de barras de ferro, Daniel e Cristian mataram Manfred e Marísia enquanto estes dormiam. Suzane esperou noutra divisão da mansão.
De regresso a casa horas depois, acompanhada de Andreas, a jovem simulou susto por ver a porta escancarada e, sem subir ao quarto, chamou a polícia. O primeiro agente a chegar ao local estranhou que os eventuais ladrões tivessem deixado joias espalhadas pelo chão. E também se intrigou com a pergunta “como eles morreram?” de Suzane, quando ele ainda nem a tinha informado da morte dos pais. Ao prestarem depoimento, horas depois, Suzane e Daniel beijavam-se tranquilamente, o que fez aumentar as suspeitas da polícia.
Quatro anos depois, os namorados foram condenados a 39 anos e meio de prisão e Cristian a 38 e meio. Andreas, hoje um químico conceituado, jamais perdoou a irmã.
Em 2014, Suzane foi notícia na prisão ao tornar-se o motivo da separação de Sandra, conhecida como Sandrão, que havia sequestrado e morto um adolescente, e Elise, que matara e esquartejara o marido infiel. A sequestradora largou a esquartejadora e casou-se com a parricida na cadeia do Tremembé.
Nesta Páscoa, pela primeira vez desde 2006, Suzane foi autorizada a sair da prisão mas a polícia não divulga para casa de quem ela vai. Como em tudo na vida de Suzane, a imprensa estará atenta.
Fonte: Diário de Noticias