Discursos pró-impeachment predominam em convenção do PMDB
O impeachment da presidente Dilma Rousseff, o rompimento com o governo e um maior protagonismo do PMDB na política nacional deram o tom dos discursos na manhã deste sábado (12) na convenção nacional do partido, em Brasília. Embora o PMDB detenha sete ministérios, nenhum dos oradores inscritos para discursar defendeu o governo.
Os primeiros a se pronunciar foram representantes do PMDB sindical e presidentes de diretórios estaduais. Durante os discursos, a plateia gritou “Fora, Dilma” em vários momentos.
A convenção deve reconduzir para um novo mandato na presidência do partido o vice-presidente da República, Michel Temer, candidato único.
Além disso, deverá ser o primeiro passo para a saída do PMDB do governo. Os convencionais aprovaram um “aviso prévio” de 30 dias do partido no governo Dilma Rousseff. Nesse prazo, o diretório nacional a ser eleito neste sábado se reunirá e tomará a decisão final.
O primeiro-secretário do PMDB, Geddel Vieira Lima, que foi ministro do goveno Lula, defendeu o rompimento “imediato” do PMDB do governo e disse que a presidente Dilma não tem mais condições de governar.
“Se a primeira mulher presidente da República perde as condições de ir à televisão no Dia Internacional da Mulher, com medo que as panelas pipoquem, que autoridade de governança tem mais? Nenhuma. Esse é o símbolo de que basta”, afirmou.
C/informações do G1