Justiça avalia sistema de cadastro de torcidas organizadas do CSA e CRB
O monitoramento é uma das condições impostas pelo Tribunal de Justiça, no ano passado, para que os integrantes destas torcidas voltem a frequentar os estádios. As duas representatividades somam, segundos as lideranças, cerca de dez mil membros.
O magistrado titular do Juizado do Torcedor, Celyrio Adamastor Tenório Accioly, disse que acredita na funcionalidade do sistema, mas ressaltou que essas torcidas continuam proibidas de frequentar os ginásios, até que seus membros sejam devidamente cadastrados, tenham em mãos as carteiras de identificação e sejam tomadas todas as medidas necessárias para garantir o funcionamento do Sistorcida e a segurança nos estágios.
“Nesta quarta (9), será feita uma vistoria em catracas específicas, no Rei Pelé, para sabermos como funcionam e o que será preciso fazer para ativá-las, porque são elas que terão o leitor de código de barra das carteirinhas dos torcedores, possibilitando aos policias saber quem está autorizado ou não a entrar no estádio”, explicou o juiz.
Para o capitão da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) Marcelo Carnaúba, que representou a corporação na reunião, a sistema deve otimizar o trabalho dos militares.
“A Polícia Militar está satisfeita com o que está acontecendo. A exigência do Poder Judiciário é para que tenhamos um controle maior do acesso das torcidas aos ginásios, com base nas ocorrências registradas. Dessa forma, acreditamos que os torcedores acostumados a praticar delitos possam entender que, se não obedecerem às regras, serão barrados. Então, estamos caminhando para uma solução”, afirmou.
De acordo com o presidente da Mancha Azul, Vanderli Nunes, a medida imposta pela Justiça foi importante não só para garantir a paz nos estágios, mas principalmente para assegurar a punição dos infratores. “Esse controle vai ser bom para as torcidas, pois não irá puni-las, mas sim a pessoa que cometer a infração”, avaliou.
Já o diretor da Comando Alvinegro, Alan Eudes, disse que, mesmo com o retorno gradativo das torcidas, cujo quantitativo de membros será determinado pelo Poder Judiciário, a expectativa para a volta aos estágios é grande. “A gente só está finalizando alguns detalhes para atender às determinações e voltarmos aos estádios, pois o futebol precisa do grito das torcidas”, compartilhou.
Participaram ainda da reunião de avaliação do Sistorcida o magistrado Kleber Borba Rocha, substituto do Juizado, a promotora de Justiça Sandra Malta, que atua junto à unidade judiciária, o capitão Edival e a representante da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Larissa Calheiros.
Gildo Júnior – Dicom TJ/AL