Instituto Lula rebate acusações e afirma que palestras foram realizadas

Captura de Tela 2016-03-06 às 09.39.57-cropO Instituto Lula, que representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enviou uma nota ao jornal Folha de S. Paulo, na qual rebate as suspeitas divulgadas pela Operação Lava Jato.

As investigações apontam que a LILS, empresa de palestras de Lula, recebeu pagamentos de empreiteiras sem prestar serviço. No entanto, o instituto argumenta que as palaestras foram realizadas, os valores, declarados, e os impostos, pagos.

Uma palestra em Santiago (Chile) marcada para 27 de novembro de 2013, que custou US$ 200 mil à OAS, é apontada como suspeita pela Lava Jato. E-mails de executivos da empreiteira indicam que o arquivo do contrato foi criado depois do evento, em 7 de janeiro de 2014.

O Instituto Lula enviou à publicação o link de um site chileno que informa que, na semana de 27 de novembro de 2013, o petista reuniu-se com empresários locais para tratar do setor elétrico.

A nota também argumenta que as doações de empresas ao Instituto Lula foram para garantir a manutenção das atividades da própria entidade. “O instituto não transfere recursos ao ex-presidente”, declara a nota.

Ainda de acordo com a Folha, o instituto Lula comentou sobre a acusação de que a empreiteira OAS pagou, quando o ex-presidente deixou Brasília, R$ 1,3 milhão à empresa Granero para a “armazenagem de bens do ex-presidente”. Segundo o instituto, não se tratavam de “objetos pessoais”, mas do acervo presidencial do petista, que, por lei, deve ser cuidado por ele.

A nota destaca que a mudança do Palácio do Alvorada, “como ocorre com todos os ex-presidentes, foi providenciada pela Presidência da República”, e não por empresa privada.

No entanto, a Granero afirmou que foi contratada pela OAS para guardar parte do acervo do ex-presidente.

A nota também afirma: “É de pleno conhecimento, não só dos investigadores da Lava Jato, mas da imprensa e da sociedade, que nem o apartamento do Condomínio Solaris [em Guarujá] nem o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, pertencem ou pertenceram, direta ou veladamente, ao ex-presidente Lula. A persistência nessa tese, desmontada pelos documentos e pelos fatos, é um atestado da parcialidade que orienta a investigação”.

A Folha informa que, também em relação às palestras, o instituto destacou que a LILS foi contratada por 40 empresas do Brasil e do exterior, e não apenas pelas investigadas na Operação Lava Jato.

 

 

Fonte: Notícias ao Minuto

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