Assaltos a pedestres com agressão cresce 30% em Alagoas, diz polícia
O caso da adolescente de 16 anos que apanhou durante um assalto no bairro da Jatiúca, em Maceió, chamou atenção da sociedade, que teme cada vez mais a violência. O problema é que este tipo de crime tem se tornado mais frequente em Alagoas, já que houve um acréscimo de 30% no número de casos, segundo a Polícia Civil. Já em Maceió, o número de casos subiu 7%.
A polícia informa que a maioria deste tipo de crime, os criminosos têm agido da mesma forma. São duas pessoas em uma moto, que abordam o pedestre para roubar o celular e, mesmo sem reagir, a vítima é agredida.
Depois do caso chocante da adolescente, outros crimes apareceram, a exemplo o de uma vítima de 43 anos. Ela relata que teve a moto roubada, mas mesmo sem reagir, sofreu espancamento e quase perdeu a visão do olho esquerdo.
Uma outra vítima, desta vez um rapaz, foi agredida por conta disso. Em um vídeo ele aparece caminhando em uma rua na parte baixa da capital e, ao perceber que é seguido por dois homens, tenta se afastar, mas apanha e acaba no chão. Testemunhas contam que ele entregou o celular, mas teria pedido para ficar com o chip.
O consultor de segurança Daniel Saraiva explica que as pessoas que são abordadas não podem reagir. Para ele, mesmo que pedir um chip não pareça reação, é muito importante que a vítima evite falar ou fazer movimentos bruscos no momento da abordagem.
“É importante saber que essa violência vem da droga. Geralmente eles [assaltantes] vêm sob efeito de droga. Então, qualquer movimento brusco que você faça, qualquer reação, por mínima que seja, é possível que tenha violência contra você”, diz.
Ainda de acordo com Saraiva, a dica é evitar andar só e com objetos que chamem a atenção dos criminosos. “O que a gente recomenda é sair sempre em grupo e não estar manuseando objeto de valor na rua para evitar ao máximo possível ser escolhido como vítima”, ressalta o consultor.
Segundo o psicanalista Franklin Bezerra, após passar por este tipo de situação, a vítima precisa ter acompanhamento de um especialista.
“Como ela sofreu ameaça de vida, pode desenvolver transtorno de estresse, pânico, ansiedade. Pode desenvolver qualquer transtorno dependendo da história de vida, sofrimento anterior e da relação que esse impacto vai causar”.
G1 Alagoas