Qual a duração média de uma relação sexual?
Atenção: Esta matéria contém teor sexual e é imprópria para menores de 18 anos.
“Quando tratamos de sexualidade, as pesquisas não dizem tudo porque existem muitas interferências extrabiológicas”, explica Carolina Ambrogini.
“A pesquisa científica traça uma média para saber o que é saudável, mas na prática, na relação, isso varia muito. Mesmo porque, homens e mulheres são diferentes. Eles respondem a estímulos visuais, elas são sensoriais, precisam tocar, sentir o cheiro do outro. E isso influencia no tempo”, completa a sexóloga Rose Villela. Começar bem e mostrar que está preocupado com o prazer dela também são meio caminho para o sucesso. Se gozar antes, trate de compensá-la.
Cientificamente, o que conta na transa é apenas a penetração. Esse foi o tema de um estudo recente da Penn State University, da Pensilvânia (EUA). Os pesquisadores americanos concluíram que o tempo ideal varia de 3 a 13 minutos. Mas nós sabemos que sexo dura bem mais que isso. Principalmente para as mulheres, o antes conta tanto quanto ou mais que o durante.
A ginecologista alerta, no entanto, que a penetração muito longa pode ser desconfortável para a mulher se ela perder a lubrificação da vagina. “A fantasia é o motorzinho da lubrificação. Ela não pode perder a concentração, senão pode sentir incômodo, ardência e até sofrer fissuras”, diz Carolina. Quando o assunto é o tempo de penetração, as opiniões variam muito.
“Definitivamente gosto das transas mais longas. Não tenho noção de tempo, mas 3 minutos é muito pouco. Acima de 10 minutos é o normal. E eu gosto de cara com pegada e ritmo – e nada no ritmo de valsa e bolero, se é que você me entende”, conta G. A, 22 anos.
Todas concordam num aspecto: nenhuma deseja que o parceiro goze rápido e pare.
“A masturbação é um exercício infalível. O homem que ejacula muito rápido pode se exercitar se masturbando e apertando a glande (cabeça) quando sentir que está para gozar, retardando a ejaculação”, ensina Carolina.
O preservativo também ajuda, ele diminui levemente a sensibilidade da glande. Durante a relação, o homem pode parar de se movimentar e deixar que apenas a mulher continue, para retardar o orgasmo dele.
A comunicação é essencial para que os dois saiam satisfeitos, e ela nem sempre precisa ser falada. Dar sinais do que está bom ou não durante a transa é primordial. Elas costumam gemer ou se mexer de forma específica para dizer ao parceiro que aquilo a agrada, ou o que não está bom. “Ninguém consegue dar esses sinais se não se conhecer e saber os pontos que mais dão prazer. A masturbação é um exercício importantíssimo para a saúde da vida sexual, tanto para homens quanto para mulheres”, afirma a ginecologista.
Entre casais que têm o hábito de se masturbar, a questão do tempo não costuma ser problema. Comunicação é essencial e não precisa ser falada. Você deve conhecer os pontos que dão mais prazer e saber o que quer e como conseguir. Para isso, a masturbação é o melhor exercício.
Fonte: Jornal Livre