Olho Vivo! CSE; vitórias e derrotas que ninguém quer saber
O Centro Social e Esportivo (CSE), nosso estimadíssimo tricolor, perdendo ou ganhando, o xodó do coração de todos os palmeirenses, foi fundado no ano de 1947.
Na época, mesmo nascendo na categoria amadora, tinha um conjunto de “boleiros”, de fazer olho gordo a qualquer arapiraquense, torcedor da ASA (Associação Sportiva Arapiraquense), cuja equipe se compôs eternamente na nossa maior arquirrival. Tipo; Brasil e Argentina. Odiamo-nos, mas nos beijamos. É o tal do entre “tapas e jogos”…
Era complicado para qualquer antagonista ganhar do CSE, especialmente jogando em Palmeira dos Índios. Cá dentro da nossa casa, não tinha para ninguém! Papávamos todos.
Numa época aonde o futebol era feito quase que na sua totalidade por “prata da casa”, o CSE e o ASA de Arapiraca realizaram inesquecíveis embates nas velhas tardes de domingos. Eram jogos de pedir reforço policial, devido à rivalidade que passou a existir entre as duas cidades, cuja rivalidade, adveio com mais ardor em período passado, e precisamente, como fruto dos resultados de partidas entre os dois times de futebol.
O tempo passou, e a equipe foi crescendo, ganhando mais do que perdendo, até que em 1966, aos dezenove anos de idade, o menino tricolor fez a sua estreia no campeonato alagoano da divisão especial. A esta promoção lhe valeu festa na cidade, assim como ocorria quando ele regressava de jogos em outros estados (Pernambuco, Rio Grande do Norte, etc.) com resultados que nos enchiam de orgulho. Orgulho de sermos tricolor, até os dentes.
Promovido para divisão especial, a estreia do tricolor foi contra o azulino; CSE X CSA jogo realizado no velho estádio do Mutange, e parece uma ironia; o resultado deste jogo foi zero a zero. Empate! O empate que nos persegue nos dia de hoje.
Contam os antigos torcedores, que foi em 1969 que o CSE teve, talvez, sua grande equipe nos campeonatos realizados pela Federação Alagoana. Entretanto, os grandes momentos foram vividos nos campeonatos de 1967 e 1987. Nos dois campeonatos, o CSE decidiu o titulo com o CRB. Em 1967 em um jogo extra, e em 1987, num melhor de três. Pouca gente sabe, ou deixa de contar, que por duas vezes já fomos vice-campeões.
Alguém dirá; grande coisa! E, se não fosse grande coisa, o que seria dos vascaínos?
E eis que depois de tantos anos vamos pra mais uma pauleira; mais um deboche na nossa vida de torcedor; o jogo da próxima quarta-feira, 10, contra o CRB, será como se fosse uma decisão. E o pior; vai pegar um animal ferido. O CRB perdeu neste sábado de carnaval por 3 x 1 para o Murici, jogo que teve seu final com dirigentes e atletas indo parar na delegacia. Nunca é bom jogar contra o time do governador. Agora, vamos para um duelo que irá decidir nosso futuro nesta primeira guerra de 2016. Nosso desejo é que o CSE seja o vitorioso. Nosso time precisa sair urgentemente desta crise infeliz. Se bem que, já amarguramos situações que nos colocaram no do fundo do poço, mas reconhecemos que já tivemos, também, os nossos bons carnavais.
Aliás, alguém aí lembra dos famosos Gritos de Carnavais no clube do CSE? Também tivemos sede social! O clube social ficava ali, na Major Cícero de Góes Monteiro, vizinho a uma antiga agência de passagens de ônibus (Princesa do Agreste, Expresso Pernambucano, Cara de Gato, e outros), gerenciada pelo pai do saudoso Helenildo Ribeiro (sr. Antonio Ribeiro), bisavô do atual presidente do CSE.
Por falar em períodos cabeludos, nunca caiu algo do céu em benefício do nosso tricolor. O quase “setentão” já comeu o “pão que o diabo amassou”, ao ponto de nos anos 90 ter que trocar sua cédula de identidade e dá um “tombo” no mercado; de Centro Social e Esportivo, para Clube Sociedade Esportiva. O motivo? Hum! Foi para que o INSS e outros credores não lhe cobrassem dívidas.
Mesmo assim, preservou quase tudo; escudo, cores, e a torcida. Esta nunca lhe abandona. E foi sofrendo, ganhando e perdendo jogos, mais do que no momento atual, que finalmente em 2002, voltou à divisão especial para a alegria de todos nós.
No próximo ano o nosso querido tricolor completará 70 anos. É digno de receber uma bela festa de aniversário, e com direito a feriado. Mas que a torcida seja brindada com um belo jogo, de preferência contra o ASA de Arapiraca, pois foi assim que tudo começou…
Por Redação
c/ arquivo de clubes
Excelente!