Palmeira: Bloco da Saudade homenageia “Mané Moraes”

Na noite dessa terça-feira (02/02) Palmeira dos Índios reviveu, mais uma vez, um dos grandes momentos ligados à música e principalmente ao seu tradicional carnaval. Pelo segundo ano consecutivo, desfilaram pelas ruas da cidade mais de dois mil foliões, compondo o Bloco da Saudade, homenageando o músico, há três anos falecido, Emanoel Moraes. Homem que dedicou toda a sua vida à música e às tradições palmeirenses.

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“Mané Boião”, como era apelidado e conhecido pelos mais íntimos, tinha uma orquestra e um conjunto musical denominados “Os Tremendões”, por onde passaram grandes nomes da música alagoana e até nacional, como Pedro Ferro, Carmem Araújo, Dênis, Calixto, Vevel, Orleane Plácido e tantos outros. Trombonista de primeira linha, Seu Emanoel era um maestro exigente, e tem histórias que poucos sabem. Segundo seu filho, meu amigo de infância, Hermanes Moraes, já falecido também, após um baile em que tocaram na cidade de Santana do Ipanema, ele recebeu o cachê e, junto com os outros músicos, deitaram e pegaram no sono no próprio palco. Um “esperto” mexeu no bolso dele e trocou o pacote de dinheiro por duas bolachas sete capas, como chamamos por aqui pelo Nordeste. Acordou, e quando descobriu, ficou muito bravo.

Mas a noite de ontem reservava muita alegria e surpresas. Uma delas foi a presença, durante o desfile, de dois bonecos de Olinda. Um representando o homenageado, o outro, um dos seus maiores amigos e parceiro de grandes jornadas musicais, o pernambucano Basto Peroba. Além disso, sua filha mais velha, Edneide Cotrim, ao lado de sua também filha, Patrícia Plácido, idealizadoras do Bloco, faziam as honras da casa, homenageando, em primeiro lugar, D. Mariêta, viúva de Seu Emanoel, que desfilou ao lado de Edneide e da rainha do evento, a renomada escritora, palmeirense, Isvânia Marques, no chão e em carro aberto. Acompanharam o desfile quase duas mil pessoas, ao som de frevos e marchas, inclusive ouvindo o grande fã de Moraes, o também músico Luciano Reis (Pingo), que compôs um hino, em ritmo de frevo, homenageando Emanoel Moraes. Músicos como Genarinho, filho do também consagrado Genário Souza, que encantou Palmeira e região com o seu eterno saxofone, estava lá com a família.

Para finalizar, tenho que dar um destaque: a cantora Orleane Plácido, de nome e renome, reconhecida pelo velho Emanoel Moraes, já a partir dos seus 17 anos, a quem ele carinhosamente apelidou de “Zorleane, minha condronguinha”. Foi tudo perfeito. Palmeira dos Índios se emocionou, lembrando antigos e eternos carnavais. Em entrevista, D. Mariêta, viúva de Emanoel Moraes, emocionada, agradeceu a homenagem.

 

Confira fotos do bloco:

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 Por Carlos Augusto Carretinha

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