Slum flagra toneladas de lixo acumuladas em hospital
Um hospital particular de Maceió foi notificado por acumular de forma inadequada os resíduos produzidos pela instituição. A situação foi constatada ontem (21) pela Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum), que encontrou uma espécie de lixão nos fundos do local, com restos de materiais de uso médico que deveriam estar acondicionados em recipientes e embalagens específicos, além de resíduos de uso comum e mobília sem utilização com água acumulada, gerando ambiente propício à criação de larvas do mosquito Aedes aegypti.
De acordo com o coordenador de fiscalização da Slum, Carlos Alfredo Tavares, aproximadamente cinco toneladas de resíduos hospitalares e comuns foram encontradas em um terreno a céu aberto nos fundos da instituição, situada no bairro do Poço.
“Pela quantidade do lixo encontrado, a coleta não é feita há mais de um mês. A situação nos mostra que os resíduos produzidos no hospital estavam sendo retirados das enfermarias e jogados diretamente na caçamba sem o cuidado necessário, enquanto os toneis foram encontrados largados. Além disso, há muitos móveis velhos e entulhos que foram jogados neste terreno e estão servindo como espaço para criação do Aedes”, contou Tavares.
Outra irregularidade encontrada no hospital foi um espaço onde materiais estavam sendo queimados. Consultada pela Slum, a direção da unidade afirmou que não tinha conhecimento da situação. Com o flagrante, o hospital foi notificado pelo órgão de Limpeza Urbana e também recebeu um auto de infração por parte da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma), documento que irá gerar multa conforme a análise posterior do órgão diante da situação.
“Fizemos a notificação e o hospital tem até 48 horas para nos apresentar o manifesto de defesa junto com a documentação que comprova o recolhimento e incineração do material por parte de uma empresa especializada em coleta de resíduos hospitalares. Esta é mais uma ação que reflete os resultados do trabalho efetivo realizado pela Slum em relação à fiscalização e às ações para coibir o descarte inadequado de resíduos. Para colaborar, todo cidadão pode denunciar casos como este pelo Disque Limpeza 3315-2600”, completou Tavares.
Conforme determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o resíduo hospitalar deve ser separado do lixo comum e requer um tipo de coleta e destinação específicas em decorrência dos riscos ambientais, sanitários e de contaminação de doenças ou infecções que podem causar caso o descarte seja feito de forma incorreta. Este trabalho deve ser realizado por uma empresa realizada, contratada pelas instituições de saúde para que haja a incineração dos materiais conforme a necessidade.