Cardiologista alerta jovens para perigo de infarto por uso de testosterona

741908750-20140926093119-973O consumo exagerado pela busca do “corpo perfeito” e de resultados mais visíveis na prática da musculação traz sérios riscos à saúde. A ocorrência de infartos em pessoas jovens e aparentemente saudáveis tem crescido e chamado a atenção de profissionais da saúde.

“Quando falamos em infartos, automaticamente relacionamos as causas a fatores como idade, sedentarismo e cigarro, por exemplo.

Entretanto, ocorrências com pessoas jovens e aparentemente saudáveis têm nos chamado bastante a atenção, pois entre eles está o uso de anabolizantes”, explica o cardiologista Luiz Bento.

E o médico garante que a causa é a busca do corpo perfeito, principalmente para o verão, quando muitos jovens recorrem ao uso de esteroides para o maior ganho de massa muscular. “Sem medir consequências, muitos se automedicam com diversas substâncias, desconhecendo os efeitos colaterais no corpo”, diz o cardiologista.

Segundo ele, normalmente, as fórmulas são derivadas da testosterona, o hormônio sexual masculino, e geram a retenção de líquidos, o que causa o edema da musculatura. Os hormônios do crescimento (HGH), naturalmente produzidos pela hipófise, também têm sido usados como anabolizantes.

“O uso abusivo de hormônios pode ocasionar problemas no sistema cardiovascular, como o aumento do depósito de tecido fibroso no miocárdio e consequente aumento da rigidez do mesmo e crescimento de células musculares cardíacas, levando a diversos tipos e graus de falência cardíaca”, alerta.

Além disso, podem surgir outros tipos de problemas, como as mudanças das funções fisiológicas do fígado, com elevação do colesterol ruim (LDL) e diminuição do colesterol bom (HDL).

“O infarto é perigoso em todas as idades. Metade dos pacientes que morrem de infarto falecem na primeira hora. Mas, em alguns idosos, pode haver um pré condicionamento do coração, o que reduz o impacto da moléstia, fato este que não é comum em jovens, que podem além disso ter sequelas por toda a vida”, afirma o cardiologista Luiz Bento Fernandes Coelho.

Redação c/ Folha Vitória

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