Polícia retira corpo de idosa de caixão e investiga maus-tratos
O velório de uma idosa de 69 anos identificada como Francisca da Silva Carvalho foi interrompido na cidade de Cocal, Norte do Piauí. O caso ocorreu na tarde da segunda-feira (28) depois que um irmão da vítima denunciou à Polícia Civil que uma filha da senhora a agredia constantemente e que os maus-tratos poderiam ter causado a morte.
A idosa foi encontrada morta no quarto no domingo (27) e seria sepultada no fim da tarde de segunda-feira. A polícia não soube informar se a mulher tinha problemas de saúde.
“Eu recebi a denúncia de que a idosa era agredida e ontem um parente veio fazer um boletim de ocorrência dizendo que a filha dela era a autora das agressões. Então resolvemos ir até a casa da idosa onde acontecia o velório e removemos o corpo para investigar a denúncia”, explicou o policial civil Walter Brune.
O corpo foi enviado para a realização de exames periciais em Parnaíba, no litoral do Piauí. Ainda conforme Walter Brune, o perito não encontrou causa morte do pescoço para baixo e como o Instituto de Medicina Legal (IML) de Parnaíba não realiza exames na cabeça, o corpo foi enviado para o IML de Teresina.
Um inquérito policial foi aberto para investigar o caso. A Polícia Civil ouviu a filha da idosa, que confessou aos policiais que batia na mãe porque ela chorava muito à noite.
“Ela disse que a mãe chorava muito à noite e por isso perdia a paciência com a idosa. No próprio depoimento ela falou que chegou a dar duas lapadas na mãe. No velório ela não tinha feição de quem estava triste com a morte da idosa, mas tudo será investigado”, falou o policial civil.
Também em depoimento à polícia, o filho e a nora da própria suspeita afirmaram que ela teria dado uma cadeirada na idosa no sábado (26). “O filho da suspeita disse que a mãe batia na avó e a mulher dele falou que ela teria dado uma cadeirada nela. Essa denúncia será apurada”, contou Walter.
A polícia aguarda o resultado da perícia e colherá mais depoimentos. A filha da idosa foi liberada após prestar depoimento à polícia, mas segundo o policial, poderá ser presa no decorrer das investigações.
Fonte: G1