Casos de microcefalia não caracterizam gravidez de alto risco

4A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa que os casos de microcefalia não caracterizam gravidez de alto risco. A afirmação é da coordenadora estadual da Rede Cegonha, a pediatra Syrlene Medeiros. De acordo com a profissional, se o risco é para o bebê, porque ele é prematuro ou tem alguma malformação, esta mulher não deve procurar as Maternidades de Alto Risco, e sim, uma Unidade de Risco Habitual que tenha UCI ou UTI Neonatal que possa dar assistência a esse bebê.

No entanto, na grande maioria das vezes, esses bebês com microcefalia não apresentam risco imediato. “No nascimento, não vai ser feita nenhuma ação com ele, a não ser que, junto com a microcefalia, tenha outra indicação para esse bebê, como uma infecção, prematuridade, dentre outros casos”, informou a pediatra.

São nos casos de risco para o bebê que o encaminhamento deve ser feito para o cuidado na UCI ou UTI Neonatal. “De regra, microcefalia nasce na Maternidade de Risco Habitual e o procedimento com o bebê é posterior”, enfatizou Syrlene Medeiros.

Segundo ela, eles vão precisar posteriormente de avaliações, estimulações precoces, fisioterapias e fonoaudiologias.

Essa medida se deve porque essa malformação congênita no cérebro do bebê não coloca a mãe em risco. “Quando o risco é para mãe, é porque essa mulher é hipertensa, diabética, tem cardiopatia ou um problema já existente ou desencadeado  durante a gravidez, o que pode colocar esta mulher em risco”, pontuou.

É esta mulher, de acordo com Syrlene Medeiros, que deve ser encaminhada para a Maternidade de Alto Risco, que atendem no Hospital Universitário e na Maternidade Escola Santa Mônica para ocupar os leitos de gestante de alto risco, porque o risco é  dela.

Regulação

Conforme Protocolo de Regulação de Leitos Obstétricos e Neonatais, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) reforça a orientação da ocupação dos leitos. Os profissionais das centrais de regulação, dos hospitais e dos municípios estão orientados no que diz respeito ao perfil do paciente que necessite de atendimento de alto risco obstétrico e neonatal.

Em Alagoas, unidades hospitalares já realizam o atendimento à gestante de risco habitual, voltado para o atendimento às gestantes de baixo risco: o Hospital Santo Antônio, Hospital Nossa Senhora de Fátima, Hospital Nossa Senhora da Guia e Hospital do Açúcar.

Fonte: Ascom/Sesau

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