França identifica 3º homem-bomba de atentado no Bataclan
Um francês de 23 anos que viajou para a Síria no final de 2013 foi identificado como o terceiro homem-bomba da casa de espetáculos Bataclan, onde 90 pessoas morreram nos atentados de 13 de novembro em Paris, informaram várias fontes.
De acordo com uma fonte ligada às investigações, o jihadista, Fued Mohamed Aggad, natural de Estrasburgo (leste), viajou para a Síria com o irmão e um grupo de amigos. Muitos deles foram detidos em 2014 quando retornaram à França, mas ele permaneceu no país, segundo uma fonte policial.
Aggad foi identificado no fim de semana, após uma comparação de seu DNA com o de vários integrantes de sua família, segundo uma fonte ligada às investigações.
Sete cidadãos de Estrasburgo, com idades entre 23 e 26 anos, foram detidos em maio de 2014 na cidade. A promotoria solicitou em outubro a transferência do caso ao Tribunal Correcional por associação de delinquentes em relação a um ato terrorista.
O grupo viajou em 17 de dezembro de 2013, de avião, de Frankfurt (Alemanha) para Antalya (Turquia) e depois prosseguiu para a Síria, onde dois deles morreram, os irmãos Murad e Yasin Budjelal.
Eles foram alistados por Murad Farès, um homem conhecido como um dos principais recrutadores de jihadistas franceses por meio das redes sociais.
Os jovens, que afirmam ter viajado para a Síria em uma missão humanitária, são suspeitos de integrar o Estado Islâmico (EI).
Durante a investigação, eles explicaram ter sentido horror com o que descobriram na síria e retornaram de forma gradual a partir de fevereiro de 2014.
Ataque ao Bataclan
Os três homens que entraram armados com fuzis no Bataclan no dia 13 de novembro abriram fogo contra os espectadores, mataram 89 pessoas e feriram mais de 200.
Após cometer o massacre, os terroristas se explodiram acionando os artefatos que carregavam em seus coletes.
Um dos jihadistas era Sami Amimour, nascido em 15 de outubro de 1987 em Paris, e de nacionalidade francesa. A Justiça francesa tinha emitido uma ordem de detenção internacional contra Amimour depois que o mesmo violou o controle judicial ao qual estava submetido e viajou para a Síria em setembro de 2013.
O outro era Ismail Omar Mostefai, também francês nascido há 29 anos em Courcouronnes, nos arredores de Paris, que tinha sido condenado por oito crimes menores – entre eles a posse de entorpecentes – entre 2004 e 2010. Mostefai era considerado pelos serviços secretos como um possível radical islâmico desde 2010.
Fonte: globo.com