Prass converte pênalti decisivo, Palmeiras vence Santos e é tri da Copa do Brasil
E deu Palmeiras! Em duelo de muita tensão na noite desta quarta-feira, no que foi a primeira decisão paulista da história da Copa do Brasil, o time alviverde embalou com o caldeirão montado no Allianz Parque, venceu o Santos por 2 a 1 no tempo normal – com dois gols de Dudu -, triunfou nos pênaltis por 4 a 3 e se sagrou tricampeão do torneio que já havia vencido em 2012 e 1998. O goleiro Fernando Prass bateu a penalidade decisiva que deu o título!
Os gols do título ao longo dos 90 minutos de bola rolando foram ambos marcado por Dudu, aos 11 e 39 minutos do segundo tempo, para delírio da casa palestrina, que agora viu o clube conquistar seu primeiro troféu desde a reforma que nomeou como Allianz Parque o antigo Palestra Itália.
O Palmeiras havia sido derrotado no confronto de ida por 1 a 0, na Vila Belmiro, e precisava vencer de qualquer maneira dentro de casa para ser campeão. Ricardo Oliveira fez o tento alvinegro nesta quarta.
Nos pênaltis, Zé Roberto, Jackson e Cristaldo converteram para a equipe alviverde, enquanto Geuvânio, Ricardo Oliveira e Lucas Lima converteram para o Santos. Rafael Marques, do Palmeiras, e os santistas Marquinhos Gabriel e Gustavo Henrique desperdiçaram.
O título vem para coroar um ano que estaria perdido se não fosse a conquista desta quarta. Vice-campeão do Paulista – em final contra o próprio Santos – e eliminado da disputa por vaga na Libertadores via Campeonato Brasileiro, o Palmeiras depositou todas as suas esperanças na Copa do Brasil. E não decepcionou.
De quebra, a conquista ainda salva o trabalho do técnico Marcelo Oliveira e o deixa livre da “maldição” da Copa do Brasil. O treinador havia sido vice três vezes da competição, duas com o Coritiba e outra com o Cruzeiro, e impediu que a quarta medalha de prata fosse parar em seu currículo.
Agora, o Palmeiras se credencia para voltar a disputar a Copa Libertadores da América. Campeão em 1999, o time alviverde não joga o torneio desde 2013, quando caiu nas oitavas de final diante do mexicano Tijuana.
O Santos, por sua vez, pode se tornar o único grande paulista fora da competição continental no ano que vem, se o São Paulo confirmar o quarto lugar no Brasileirão na rodada do fim de semana. O Corinthians garantiu presença após conquistar a Série A de forma antecipada há duas semanas.
A decisão começou eletrizante. Logo na saída de bola, aos dez segundos de partida, Arouca tocou, Barrios desviou e colocou Gabriel Jesus na cara do gol. Sozinho, o jovem chutou em cima de Vanderlei, que salvou com os pés e evitou o primeiro gol do Palmeiras.
Em seguida, aos 7 minutos, Zeca fez linda jogada pela esquerda e tocou para Marquinhos Gabriel, que cortou para o meio e parou em grande defesa de Fernando Prass. No rebote, Victor Ferraz chutou de dentro da área e carimbou a trave palmeirense.
O lance foi o único de perigo na etapa inicial. Melhor em campo, o Palmeiras por pouco não abriu o placar em pelo menos outras duas oportunidades.
Primeiro, João Pedro invadiu a área pela direita e cruzou. Dudu apareceu para finalizar, se jogou para alcançar, mas não conseguiu concluir em direção ao gol e mandou para o alto.
Depois, em boa troca de passes do Palmeiras, Robinho tocou de calcanhar para Gabriel Jesus, que foi desarmado por David Braz. A bola tocou no cotovelo do zagueiro, mas o árbitro Heber Roberto Lopes mandou o jogo seguir.
Aos 27, nova chance alviverde. Robinho cruzou da direita, a bola tocou no gramado e sobrou para Barrios. O centroavante desviou de cabeça para Vanderlei fazer uma linda defesa e evitar o primeiro gol do Palmeiras.
No segundo tempo, o Palmeiras continuou melhor na partida. Mesmo com a saída de Gabriel Jesus no fim da etapa inicial, após o jovem sentir dores e dar lugar a Rafael Marques.
Aos 11 minutos, enfim a rede foi balançada no Allianz Parque. Lucas Barrios fez a parede e deu bom passe para Robinho na área. O meio-campista tocou de lado e encontrou Dudu, em condição legal, para apenas desviar às redes de Vanderlei e abrir o placar, para explosão das arquibancadas alviverdes.
A partir do gol, o jogo ficou mais nervoso. Pior no clássico, o Santos tentava segurar a partida, sem levar perigo à defesa palestrina. O Palmeiras, por sua vez, passou a esbarrar nos próprios erros, e o clima de apreensão tomou conta também das torcidas, que se dividiram em vaias e gritos de incentivo.
Aos 39 minutos, Robinho cobrou a falta em jogada ensaiada, e Vitor Hugo desviou de cabeça para o meio da área. A bola passou por três defensores do Santos e sobrou para Dudu empurrar para as redes.
Podia ser o gol do título do Palmeiras, mas Marquinhos Gabriel cobrou o escanteio dois minutos depois, Werley desviou de calcanhar e a bola sobrou livre para Ricardo Oliveira na entrada da pequena área. O artilheiro do Brasileirão só empurrou para as redes e levou a decisão para os pênaltis.
Nos pênaltis, Zé Roberto, Jackson e Cristaldo converteram para a equipe alviverde, enquanto Geuvânio, Ricardo Oliveira e Lucas Lima converteram para o Santos. Rafael Marques, do Palmeiras, e os santistas Marquinhos Gabriel e Gustavo Henrique desperdiçaram.
Prass bateu o último, e converteu. O Palmeiras é tri da Copa do Brasil!
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 2 (4) X (3) 1 SANTOS
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Data: 2 de dezembro de 2015, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-SC)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse (ambos Fifa-SP)
Público: 39.660 expectadores
Renda: R$ 5.336.631,25
Cartões amarelos: Matheus Sales, João Pedro e Dudu (Palmeiras); Gabriel (Santos)
GOLS:
PALMEIRAS: Dudu, aos 11 e aos 39 do segundo tempo
SANTOS: Ricardo Oliveira, aos 41 minutos do segundo tempo
PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro (Lucas Taylor), Jackson, Vitor Hugo e Zé Roberto; Matheus Sales e Arouca; Robinho, Dudu e Gabriel Jesus (Rafael Marques); Barrios (Cristaldo). Técnico: Marcelo Oliveira
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, David Braz (Werley) e Zeca; Renato, Thiago Maia (Paulo Ricardo) e Lucas Lima; Marquinhos Gabriel, Gabriel (Geuvânio) e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior
Fonte: ESPN