Saudoso Josmário Silva será homenageado no Prêmio Odete Pacheco
Por Carlos Augusto Barros Filho
Formar ou formar-se um verdadeiro comunicador, não é tarefa das mais simples. Há que se verificar se o seu mundo se coaduna com o mundo do qual ele é participante, e se o mesmo quer fazer parte das modificações necessárias para que o seu universo ponha-se acima das margens.
É fundamentalmente, segundo os maiores especialistas, esse lugar quase nunca comum – “não divino, porém abençoado e quase sempre execrado, todavia respeitado – o papel e a função de um conceituado homem de comunicação. É por isso que nos sentimos muito honrados em momentos como esses”. Assim se expressou o decano radialista Josmário Silva ao receber o referido Prêmio.
Ver, ouvir, falar, assistir, receber, participar, enfim, transmitir e comunicar, chegando, com as devidas frequências, a cada um dos sentidos do corpo humano, como também a consequente propagação de tudo que se possa, ou se deva propalar, faz parte de um processo natural de mão dupla, desde que o mundo é mundo e o homem começou a se comunicar entre si ou com os animais com quem nós aprendemos muito – há milhões de anos – que às vezes, um simples olhar ou um sorriso podem ser a forma mais, ou menos, forte para transmitir qualquer informação.
Essa era a visão de um dos homens de rádio que mais ensinaram como se montava e se executava uma emissora de rádio, seja em Alagoas, Pernambuco ou qualquer outro lugar onde El tenha se destinado a executar o que todos consideravam um dom. Josmário Silva era diferenciado. Teria realmente nascido para o rádio. Polêmico e verdadeiro; dono de uma voz eloquente e contundente, criador de um dos mais inesquecíveis jargões ligados à política: “A VOZ DO POVO, A VERDADE DAS URNAS”, logo após essa vinheta, entrava Josmário Silva com resultados de cada urna apurada – às vezes nem tanto – e a audiência fechada, só esperando por ele, até porque fazia comentários muito interessantes, o que lhe rendeu várias vezes críticas e ameaças, com as quais sempre soube lidar. Ensinou muitos e a muitos.
À luz de radialistas como Josmário Silva, a história da radiodifusão, particularmente em Palmeira dos Índios, sempre foi tida e mantida, ao longo das gerações que se seguem, aprimorando-se, a cada vez mais, além de tentar cuidar muito bem do que é o sacerdócio de formar e informar.
O PRÊMIO ODETE PACHECO é uma grande e incentivadora ferramenta comunicacional para que se perpetue a responsabilidade para qualquer comunicador que o recebe. Parabéns aos que recebem essa honraria nessa oportunidade, os radialistas Marcelo Lima e Antônio Menezes.
Não fui amigo. Mas, tive o prazer de conhecer Josmário silva. Sem duvida a voz do radio alagoano, principalmente do agreste alagoano. Assim como foi o maior poeta e comunicador do radio alagoano, o grande Pajeú, que também merece ser lembrado nesses premios. O radio de palmeira dos índios, com certeza já mão é mais o mesmo, despois que essas voz deixaram de ecoar em nossos lares, pela manhã ou tarde.
Tive o prazer de ser amigo de Josmário Silva, homem de bem ético, e de uma generosidade admirável.Emprestou sua voz aqueles que não tinha, sempre se posicionou ao lado dos mais fracos sem temer os “poderosos”.Saudades!!!
Conheci o guerreiro Josmário Silva, brilhante apresentador, grande sindicalistas e um amigo fraterno, homem de personalidade e opinião. A homenagem é justo a esse comunicador que amava sua terra a bela Palmeira dos Índios.