Alvo de terroristas em janeiro, Charlie Hebdo ironiza atentados em Paris
O jornal Charlie Hebdo, alvo de um ataque que dizimou a redação em janeiro, faz uma provocação direta aos terroristas na capa do especial sobre os atentados de sexta-feira (13) em Paris, de acordo com o site GQMagazine. A revista ainda não foi às bancas.
Sob um fundo vermelho um homem com o corpo perfurado segura uma garrafa de champagne em uma das mãos e uma taça na outra. De cada furo, no lugar de sangue sai champanhe. A capa afirma: “Ils ont les armes. On les emmerde. On a le champagne”. Em tradução livre: “Eles têm as armas. Eles que se f… Nós temos a champagne.”
O site do jornal não antecipava a capa nesta terça-feira, mas anunciava apena a edição especial sobre os atentados. O G1 procurou o periódico, mas não conseguiu o retorno até a publicação do artigo.
Na época dos atentados, levantou-se a polêmica sobre o excesso do tom satírico e a publicação das imagens de Maomé, consideradas ofensiva pelos muçulmanos.
Além deles, outros quatro funcionários do “Charlie Hebdo” assassinados: o também cartunista Phillippe Honoré, o vice editor Bernard Maris, um economista que também escrevia colunas para a publicação, o revisor Mustapha Ourad e a psicanalista Elsa Cayat, que escrevia uma coluna quinzenal chamada “Divan”.