Tragédia durante peregrinação na Arábia Saudita deixa mais de 700 mortos

catsPelo menos 717 pessoas morreram nesta quinta-feira e 719 ficaram feridas em um tumulto em Mina, Arábia Saudita, durante um ritual da peregrinação anual dos muçulmanos à Meca, segundo um balanço atualizado da Defesa Civil.

Esta foi a segunda tragédia a atingir os fiéis em menos de duas semanas na região. No dia 11 de setembro, antes do início da peregrinação a Meca, conhecida como hajj, uma grua desabou na Grande Mesquita de Meca e matou 109 pessoas.

“O número de feridos subiu a 717 e o de mortos a 805”, anunciou a Defesa Civil.

De acordo com uma fonte do ministério da Saúde, o tumulto aconteceu durante o ritual de apedrejamento de satã em Mina, que consiste em atirar pedras contra pilastras que representam o diabo.

A tragédia ocorreu perto de uma das pilastras quando várias pessoas que deixavam o local se encontraram com um grande número de peregrinos que desejavam ter acesso.

Os fiéis têm acesso à área das pilastras por túneis e vias elevadas e, nos últimos anos, as autoridades realizaram obras importantes para facilitar o deslocamento das pessoas e evitar acidentes como o desta quinta-feira.

As vítimas são de várias nacionalidades, segundo as autoridades.

De acordo com a Defesa Civil, seis equipes de emergência prestam os primeiros socorros aos feridos no local da tragédia e orientam os peregrinos para “rotas alternativas”.

Em janeiro de 2006, uma tragédia similar no mesmo local matou 364 peregrinos.

Os peregrinos iniciaram o ritual de apedrejamento de satã nesta quinta-feira, primeiro dia da festa do Adha.

O ritual consiste no ato de lançar sete pedras no primeiro dia do Eid al-Adha contra uma grande pilastra que representa satanás, e 21 no dia seguinte contra três grandes pilastras (grande, média e pequena).

O Irã atribuiu a tragédia a falhas de segurança.

“Por motivos desconhecidos fecharam um acesso ao local no qual os fiéis cumprem o ritual de apedrejamento de satã”, afirmou o diretor da organização iraniana do hajj, Said Ohadi.

“Foi isto o que provocou este trágico incidente”, disse à televisão estatal iraniana.

 

 

AFP

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