Médicos residentes cruzam os braços e hospitais de todo País devem ser afetados nesta quinta-feira
Médicos residentes de todo o País cruzam os braços, nesta quinta-feira (24), em protesto pela restruturação dos programas de especialização. De acordo com a ANMR (Associação Nacional dos Médicos Residentes), cerca de 30 mil profissionais que atuam no SUS (Sistema Único de Saúde) devem aderir à paralisação, prevista para começar às 10h.
O serviços dos hospitais públicos devem ser prejudicados, mas pelo menos 30% dos residentes vão manter as atividades para garantir atendimento emergencial aos pacientes.
Em São Paulo, os médicos vão se reunir no vão livre do Masp, na avenida Paulista. O presidente da Ameresp (Associação dos Médicos Residentes do Estado de São Paulo), Diego Garcia, disse que, às 13h, os manifestante saem em caminhada até o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo).
— Estamos reunindo várias cidades de São Paulo e vários serviços estão confirmados.
Entre as cidades que vão participar do ato na capital paulista estão Campinas, Ribeirão Preto, Limeira, Franca, Jundiaí e Taubaté. Garcia diz que espera cerca de 3.000 pessoas na manifestação.
No total, o movimento defende nove pautas que, de acordo com o presidente da associação, indicam a urgência pela reestruturação da residência no País.
— É a primeira vez que estamos criando um movimento deste nível.
As pautas e objetivos do movimento são: aumento da representação das entidades médicas, fiscalização de todos os programas de residência do País, revisão completa do texto do Decreto nº 8.497 de agosto de 2015 para garantir que a Residência Médica permaneça como padrão ouro de formação de especialistas, levantamento dos cortes orçamentários e suspensão destes em todos os serviços em que atuam médicos residentes.
Além disso, os manifestantes querem plano de carreira e de valorização para os médicos, plano de carreira nacional para médicos do SUS, fim da carência de 10 meses para que médicos residentes possam usufruir de seus direitos junto ao INSS, garantia do auxílio moradia e isonomia da Bolsa de Residência Médica com bolsas oferecidas por outros programas de ensino médico em serviço do Governo Federal como PROVAB e Mais Médicos.
Fonte: R7