Polícia do RJ prende em Alagoas suspeito de matar ator da Globo

 

A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prendeu, na manhã desta sexta-feira (11) o foragido André Luís dos Santos Vieira, o “André Chupeta”, suspeito de matar o produtor cultural Adriano da Silva Pereira, de 33 anos, em julho desse ano.

A prisão de André foi realizada com base em mandado de prisão obtido em investigação policial da própria DHBF. Por volta das 8h40, o preso ainda estava em Alagoas e agentes da DHBF estavam providenciando a vinda dele para o Rio de Janeiro.

“Ele fugiu para Alagoas quando percebeu que a DHBF o havia identificado como assassino do Adriano, por homofobia”, afirmou o delegado Fabio Cardoso, titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense.

Dançarino morto temia homofobia
Adriano foi encontrado morto em um rio depois de sair de casa numa noite de domingo. A Polícia Civil e a família da vítima acreditam que o crime tenha motivação homofóbica. O produtor cultural não tinha vergonha de usar roupas femininas. Artista e produtor, às vezes saía de casa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, de vestido.

“Roupa não tem gênero”, costumava dizer aos amigos. Em meio ao perfil comum de mulatas do carnaval carioca, ele foi o primeiro dançarino do bloco Tambores de Olokun.  Frequentemente, Adriano usava maquiagem e esmalte. Por tudo isso, chamava atenção na rua.

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Ao sair de casa no domingo, ele foi esfaqueado e espancado no RJ. A família desconfia de motivação homofóbica e, segundo o delegado  da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Fábio Cardoso, esta é uma das linhas investigativas.

“Ele era muito xingado e nós ficávamos preocupados. Ele ria. O corpo era a arte dele. Só uma vez ele pareceu preocupado, vendo reportagens de agressões por homofobia: ‘Imagina se acontece comigo’, ele me disse”, relata o amigo e “irmão de santo” Mazé Mixo.

Adriano morava com a mãe em Belford Roxo, mas tinha um quarto na casa de Mazé, em Nova Iguaçu, onde Mazé mora com a esposa Priscilla Bispo. Ela se diz “inconformada com a tragédia” e, como o restante da família de Adriano, desconfia que o crime tenha sido motivado por homofobia. Para ela, Adriano fazia o estilo “andrógino”.

 

Fonte: G1

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