GRITO DOS EXCLUÍDOS: políticos palmeirenses são duramente criticados

Por Carlos Augusto Carretinha

A Cáritas Brasileira é uma entidade de promoção e atuação social que trabalha na defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário. Sua atuação é junto aos excluídos e excluídas em defesa da vida e na participação da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural.

Por sua vez, a Cáritas Diocesana de Palmeira dos Índios reuniu no último sábado, 05, em praça pública, movimentos, entidades, apostolados leigos, pastorais, sindicatos, associações, Nação Indígena, quilombolas, trabalhadores e trabalhadoras, desempregados e a sociedade em geral, para participarem do evento “GRITO DOS EXCLUÍDOS E EXCLUÍDAS”, fazendo uma associação e uma alusão ao Dia da Pátria, mas na verdade essa movimentação, que acontece todos os anos por todo o País, entre os dias 01 e 07 de setembro, trata-se de um grande protesto contra as injustiças, desmandos e desigualdades sociais Brasil afora. No caso específico de Palmeira dos Índios, os líderes que usaram o microfone aberto na Praça do Açude, criticaram duramente os políticos locais, principalmente o prefeito James Ribeiro e o deputado Edval Gaia. Palavras de ordem eram “gritadas”  a todo instante, tais como “A independência ainda não chegou”; “Nossos direitos vêm, se não vierem, o Brasil perde também”; “As políticas públicas são um direito do povo”; “Enquanto houver vontade de lutar, haverá esperança de vencer”; “Ocupar as ruas e praças por liberdade e direitos”; “Exigimos um Estado a serviço de todos e que garanta os nossos legítimos direitos”; “Esse é o nosso país, essa é a nossa bandeira. É por amor a essa Pátria, Brasil, que a gente segue em fileira”. E muitos outros jargões.

Os movimentos e entidades que se fizeram presentes, além da população em geral, foram Legião de Maria, Sociedade São Vicente de Paula, Missionários Populares, Pastoral da Sobriedade, Conselho de Leigos Diocesanos, Cáritas Diocesana, Pastoral Carcerária, Nação Indígena, Grupo de arte e Cultura, Pastoral da Saúde e Irmãs Franciscanas. Ponto alto dos pronunciamentos ficaram por conta do líder indígena, Manoel Celestino, ao se dirigir ao deputado Edval e ao prefeito James Ribeiro, afirmou: “Não somos pobres, somos roubados e humilhados”; e um desabafo emocionante do professor de filosofia do IFAL da cidade de Batalha, o palmeirense Cosme Rogério: “50% da população de Palmeira dos Índios vive abaixo da linha de pobreza; a verdade nua e crua sobre o Brasil de hoje, é que se não houvesse a miséria de muitos, não existiria a felicidade de poucos”.

Os responsáveis pela movimentação foram Maria do Carmo Silva Santos (Cáritas Diocesana de Palmeira dos Índios), Maria Aparecida Mafra (Cáritas Brasileira Regional – NE 2/CDPI), Rita de Assis Costa e Eraldo Feliciano (Conselho Diocesano de Leigos e Leigas de Palmeira dos Índios), além do Padre José da Silva, do município de Jacaré dos Homens, coordenador das Pastorais Sociais da Diocese de Palmeira dos Índios.

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