Desapropriação de terras da massa falida do Grupo João Lyra é discutida em Brasília
É prioridade para o governador Renan Filho resolver as demandas que a população traz ao Estado e intermediar todas as outras. Com a finalidade de avaliar e dar encaminhamentos à solicitação do Comitê de Mediação de Conflitos Agrários do Estado de Alagoas, liderados pelo secretário-chefe do Gabinete Civil, Fábio Farias e o diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Silva, representantes de oito movimentos sociais e do governo participaram de uma reunião, com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, nesta terça-feira (1), em Brasília.
A pauta do encontro foi a desapropriação das terras da massa falida do Grupo João Lyra, para assentamento das famílias dos movimentos sociais. O apoio governamental vem sendo dado para que as famílias atingidas não voltem às margens das rodovias.
De acordo com a relações públicas, gerente de articulação social do Gabinete Civil, Edenilsa Chagas – representante do governo na reunião – o ministro recebeu a comissão, formada pelos integrantes dos movimentos, a superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Alagoas (Incra), Lenilda Lima, além da articuladora do Gabinete Civil. Na oportunidade, ele confirmou que os processos referentes à pauta serão acompanhados em âmbito nacional, de forma prioritária e parabenizou Renan Filho pela preocupação com a causa das famílias atingidas.
“A mediação de conflitos agrários, coordenada pelo Gabinete Civil, quer agilizar os entendimentos acerca da desapropriação das terras da massa falida do Grupo João Lyra e vem fazendo de tudo para que os entraves sejam evitados. O ministro Patrus elogiou a articulação governamental, dialogando com os movimentos sociais, além de garantir uma agenda, o mais breve possível, em Alagoas, para tratar do assunto,” explicou a relações públicas.
Segundo ela, Patrus Ananias se comprometeu ainda em viabilizar melhorias para o Incra em Alagoas, para que o trabalho seja conduzido da melhor maneira possível. Explicou também, que a parceria do Governo do Estado – cedendo técnicos do Iteral – já é uma ajuda considerável.
Fato
O grupo industrial João Lyra teve a falência decretada pela Justiça em 2008. Para evitar a crise, o jurídico das usinas solicitou a recuperação judicial do grupo (antiga concordata). No entanto, os prazos concedidos pela Justiça, para que a empresa se recuperasse financeiramente, além de pagar os milhares de trabalhadores e credores, não foram obedecidos. Desde então, a dívida do Grupo João Lyra, vem aumentando, e em 2015 chegou a mais de R$ 2 bilhões, incluindo encargos trabalhistas e pagamentos a fornecedores.
Agência Alagoas