Vigilantes penitenciários são presos suspeitos de levar detentas para casa
Uma mulher e um homem que são vigilantes penitenciários temporários foram presos, neste domingo (30), suspeitos de levar para a casa de um deles duas reeducandas da Unidade Prisional de Rio Verde, no sudoeste goiano. A Polícia Civil investiga se uma das detentas possui um relacionamento amoroso com o servidor.
As reeducandas cumprem pena em regime fechado. Uma delas, de 30 anos, foi condenada por homicídio e a outra, de 37, por latrocínio. Após o registro de ocorrência, elas voltaram para a unidade prisional.
A assessoria da Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap) informou, em nota, que os vigilantes foram afastados. Eles também vão responder a processo administrativo disciplinar por retirar as detentas da prisão sem motivos legais que justificassem a saída.
O delegado Francisco Lipari Filho explicou que, após uma denúncia anônima, a Polícia Militar foi ao presídio para fazer a contagem das detentas. Os vigilantes foram informados da ação policial e decidiram voltar à cadeia. Quando retornavam ao presídio, os suspeitos, que estavam em um carro do sistema prisional, foram flagrados pela PM e levados à 8ª Delegacia de Polícia de Rio Verde.
Saída de presídio
De acordo com o investigador, a vigilante estava em horário de serviço quando retirou as presas da cela, por volta das 21h de sábado (29). Já o outro suspeito estava de folga.
Os servidores alegaram à Polícia Civil que tinham retirado as detentas da cadeia para levar uma delas ao hospital. “Eles disseram que no caminho para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) a reeducanda disse que não precisava mais de atendimento médico. Então, eles resolveram ir à casa do agente prisional e lá ficaram”, contou o delegado.
Os suspeitos alegaram que ficaram conversando com as detentas na casa. A Polícia Civil investiga se os quatro realmente foram ao imóvel, qual a intenção da retirada das presas da cadeia e se isso já havia ocorrido outras vezes.
Os vigilantes seguem detidos. Conforme o delegado, ambos foram autuados por facilitação de fuga. O homem também vai responder por porte ilegal de arma de fogo por não ter autorização para andar armado fora do trabalho. Eles estão à disposição do Poder Judiciário.