Governo oferece R$ 50 mil para identificar quem atirou em PM
O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, ofereceu R$ 50 mil a quem fornecer informações que levem à identificação dos envolvidos na tentativa de homicídio contra a soldado policial militar Adriana da Silva Andrade, atingida por um tiro de fuzil na manhã desta quarta-feira (26) por criminosos que explodiram um caixa eletrônico na Avenida das Nações Unidas, na Vila Leopoldina. A policial militar passou por uma cirurgia que durou seis horas e está em estado grave no Hospital das Clínicas.
As informações devem ser encaminhadas ao site do Webdenuncia, mantido pelo Instituto São Paulo Contra a Violência em parceria com governo estadual.O governo diz que há garantia de anonimato.
O impacto do projétil deslocou um pedaço de 3 cm da calota craniana de Adriana da Silva Andrade e os fragmentos do osso atingiram uma área do cérebro responsável pelos movimentos. A policial está na UTI, acordou e respira sem a ajuda de aparelhos.
“Ela deu muita sorte de o tiro não ter lesado o crânio da forma como habitualmente acontece”, disse o médico Wagner Malagó Tavares.
O cabo Eduardo Monteiro foi visitar a colega no hospital e diz estar confiante de sua recuperação. “Ela ja se mostrou uma guerreira por ter se recuperado de um tiro de fuzil. Só de estar acordada, já mostra que ela esta lutando para voltar ao nosso convívio”, falou.
Adriana tem 29 anos e está na Polícia Militar desde maio de 2013. Começou no patrulhamento a pé e trabalha de carro há dez dias. A família dela mora no interior do estado e já está em São Paulo.
Explosão de caixa
Na madrugada desta quarta-feira (26), os assaltantes renderam o vigia no portão 12 da Ceagesp, por volta das 2h30. Parte da quadrilha foi até o caixa eletrônico e o restante esperou do lado de fora.
Na fuga, na Marginal Pinheiros, o carro dos suspeitos cruzou com um carro da polícia, que era conduzida por Adriana. De acordo com outros dois policials, ela tentou dar marcha ré, mas não conseguiu escapar dos tiros e foi atingida por uma bala de fuzil, que entrou pelo para-brisa.
A PM tinha sido chamada para atender outra ocorrência na região e não sabia do assalto.
No primeiro semestre de 2015, 69 policiais militares ficaram feridos em serviço na Grande São Paulo. No mesmo período no ano passado, foram 102. Na tarde desta quarta, outro policial foi baleado em Pirituba por assaltantes, que levaram sua motocicleta.
Desde o início do ano, 60 caixas eletrônicos foram atacados na Grande São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública informou que houve queda de 29% neste tipo de crime, comparado ao mesmo período no ano passado. Ainda segundo a SSP, 96 suspeitos de explodir caixas eletrônicos foram presos em todo o estado.
Fonte G1