Depressão pós-parto tem mais chances de acontecer na primeira gestação
O nascimento da criança inaugura uma nova fase na vida de uma mãe, é o chamado puerpério, como é chamado o período que representa as seis semanas após o parto. Esta fase, além das mudanças físicas do corpo, pode afetar o lado emocional das mulheres. De acordo com o médico ginecologista e obstetra, Flávio Garcia de Oliveira, ficar chorosa e triste a partir do terceiro dia do pós-parto é muito comum e, em geral, passageiro.
Quando essas características se apresentam, pode-se dizer que a mulher está passando pelo período chamado “baby blues”, também conhecido como “Distúrbio Afetivo Transitório Menor”. Trata-se de uma fase transitória e rápida e que costuma durar, em geral, de um a três dias após o nascimento da criança. E entre os sintomas presentes nesta fase podemos incluir o choro prolongado, irritabilidade, noites mal dormidas, alterações de humor e um senso de vulnerabilidade diante da nova condição.
De acordo com o médico Sérgio Lima, psiquiatra pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e mestre em psicologia social pela PUC (Pontifícia Universidade Católica), cerca de 60% das mulheres vão apresentar o “baby blues”, e apenas 10 a 15% delas vão ter a depressão pós-parto que necessite de tratamento psiquiátrico.
Segundo Flávio, a condição depressiva na mulher se inicia como um “baby blues” e vai se tornando mais grave, chegando a constante tristeza, ansiedade, agitação e comportamentos obsessivo-compulsivos. “A maioria das mulheres com este quadro depressivo tem uma mistura dessas condições”, afirma o especialista.
No entanto, ele ressalta que menos de 1% das novas mães sofre dessa forma extrema de depressão, que é quando a mulher não consegue manter-se na realidade, chega a sofrer alucinações e ouvir vozes, ou até mesmo a ter comportamentos de risco para ela e o bebê.
Fonte: Tempo de Mulher