Jean Piloto, homem de confiança do traficante Playboy, morre após tiroteio
O traficante Jean Raynne da Silva Andrade, o Jean Piloto, morreu nesta quinta-feira (13) após ser baleado em confronto com agentes da Polícia Civil durante operação no Morro da Quitanda, na Subúrbio do Rio. Ele era considerado o homem de confiança de Playboy, morto no sábado (13), e um dos maiores assantantes de carga do estado.
O criminoso foi levado sob custódia para o Hospital de Acari às 16h40 após ser atingido por um tiro de fuzil no peito em confronto com policiais da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Carga. Segundo a Secretaria de Saúde, ele morreu às 17h na unidade.
Após a morte de Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, ele era considerado como um dos líderes do crime organizado que atua na área da Pedreira. Em um dos cercos a Jean, que já teve o cartaz divulgado no Portal dos Procurados, a mãe do suspeito foi presa. Jean ganhou o apelido de “Piloto” por ser considerado um motorista habilidoso pelos comparsas.
“Já tentamos pegá-lo algumas vezes, mas ele acabou conseguindo fugir. Em uma delas, ele deixou a mãe em casa com um fuzil e fugiu. Ela está presa até hoje”, afirmou o delegado Marcelo Martins, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas.
Ainda segundo Martins, em outras ações a polícia esteve perto de prender o criminoso, mas ele também conseguiu fugir. Há cerca de um mês e meio, a polícia chegou a cercar a quadrilha durante um roubo de carga de cigarro, mas os criminosos escaparam em um caminhão roubado. “Tomamos tiro de cima da Pedreira”, afirmou o delegado.
A quadrilha de Jean Piloto utiliza armamento pesado durante os roubos de carga. “Eles normalmente saem em três carros, todos com fuzil, param o caminhão, tiram o motorista, assumem a direção e levam para a favela”, explicou o delegado, ressaltando que o bando dá preferência a caminhões que estejam transportando cigarro, celular e eletrodomésticos, cargas que têm maior valor agregado.
Morte do traficante Playboy
O traficante mais procurado do Rio de Janeiro morreu no sábado (8) durante uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Policia Federal, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais, da Polícia Civil e do centro de inteligência da Polícia Militar. Playboy chefiava a quadrilha considerada a mais violenta no Estado e era condenado por tráfico de drogas, roubo e homicídio.
Cem policiais entraram na favela com carros blindados e a ajuda de um helicóptero. Os agentes descobriram que Playboy poderia estar em três pontos diferentes da favela. Pela manhã, os policiais encontraram o traficante em um dos endereços.
Houve troca de tiros. O bandido reagiu, levou dois tiros de fuzil, um no peito e outro na perna, e foi levado para o hospital. Mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Celso Pinheiro Pimenta era o traficante mais procurado da cidade. O Disque-Denúncia oferecia recompensa de R$ 50 mil para quem tivesse informações sobre ele.
Era chamado de Playboy porque veio de uma família de classe média. Começou no crime roubando casas. Também tinha condenações por tráfico de drogas e homicídio qualificado. Após a morte de Playboy, Carlos José da Silva Fernandes, o Arafat, é o mais cotado para assumir o controle do tráfico na região da Pedreira.
Fonte: G1