Ditador da Coreia do Norte vibra ao inaugurar aeroporto feito por arquiteto que ele mandou matar
O líder norte-coreano Kim Jong Un, que governa o país baseado na perseguição e na ditadura, visitou novo terminal do Aeroporto de Pyongyang antes de sua inauguração. Foi uma cerimônia festiva.
Nem parecia que o projeto provocou crises histéricas no comandante do país. Afinal, segundo relatórios, de tão contrariado com o arquiteto, ele mandou executá-lo durante a construção do aeroporto. As informações são do The Independent.
Kim Jong Un sucedeu o seu pai, Kim Jong Il, morto em 2011, mas mantendo a dinastia familiar que dita o ritmo do governo comunista. Só neste ano, consta que 15 membros do alto escalão do governo foram assassinados por ordem dele.
Enquanto isso, os que ficam fazem questão de mostrar as belezas arquitetônicas do novo aeroporto, em um clima de aparente descontração.
A KCNA (Agência de Notícias Central Coreana) publicou fotos de Kim e sua esposa percorrendo o novo terminal elegante, mas sem a presença do arquiteto Ma Won-chun. Estranho, não?.
Ma foi um dos seis diplomatas de alto nível que desapareceram no ano passado em um expurgo realizado por Kim. Segundo um diplomata, ele foi assassinado em novembro por “práticas de corrupção e incapacidade de seguir ordens”.
Kim e sua comitiva percorrem os corredores de embarque, com uma arquitetura moderna e clara, como se estivessem em uma nave espacial.
Mas também o luxo está presente. O terminal dispõe de uma loja de joias, entre outras, dando um ar de shopping capitalista ao “brinquedinho” do ditador.
Segundo a NKNews, Kim expressou sua insatisfação inicialmente quando inspecionou o segundo terminal. As modificações foram feitas, mas o arquiteto Ma foi excluído de sua posição no Departamento da Comissão Nacional de Defesa.
O novo aeroporto é uma iniciativa decisiva, na visão do ditador, para tornar a Coreia do Norte mais atraente para os turistas. Ele atenderá por voos da China e Rússia, mas a presença de passageiros deverá ser baixa. Afinal, há o medo de chegar e a incerteza em poder sair, elementos muito mais importantes do que a imponência de um aeroporto.
R7