Aos 65 anos, “Manoel Cabeludo”, mascote apaixonado por seu clube

Nasceu na cidade de Garanhuns, 65 anos atrás, Manoel Gonçalves da Silva, que desde cedo, por amor a um certo time rubro-negro e por seu pai , segundo ele começou a dividir o seu fanatismo com o mesmo, considerado um dos maiores e mais fiéis torcedores do Sport Club do Recife. De acordo com ele, já aos cinco anos de idade, observava, enquanto admirava o seu pai, ao ouvirem, juntos, aquele velho e bom rádio de madeira, marca e modelo ABC – A Voz de Ouro.

15 anos atrás, essa paixão deu origem, quando Manoel, vez ou outra, se trajava com fantasia de leão, dando vazão, como sempre, ao seu time de infância e de coração, a uma opinião de sua esposa, para que ele assumisse o papel de mascote do Sport. Foi quando se transformou no ‘Manoel Cabeludo”. Ele assim admitiu, adotando de vez aquele papel de torcedor mais do que apaixonado, àquela época, já admirado, querido, e tornando-se em seguida o mais reconhecido mascote rubro-negro do estado de Pernambuco.

“O amor pelo meu Sport nunca me deixou pedir nada a ninguém, nem para viajar, nem para me hospedar, nem entrar nos estádios. Sempre foi tudo mesmo do meu bolso”, orgulha-se o Manoel Cabeludo. Lembra ainda o grande leão de pelúcia, rubro-negro “até a alma”, o fato de quando desmaiou de tanto calor nas arquibancadas, dentro daquela fantasia escaldante, durante um jogo nervoso entre o seu Leão da Ilha do Retira e o São Paulo. Muito folclórico salientar que Manoel não tirava a máscara para não ser reconhecido principalmente pelos adversários.

Manoel Gonçalves da Silva, durante a entrevista revelou ainda que, dentro daqueles trajes, entre outros lugares, esteve em Palmeira dos Índios, no Estádio Juca Sampaio, no ano passado, prestigiando o CSE, que com o seu “pé quente”, talvez tenha contribuído para o tricolor bater o CSA.

Já foi para o Juazeiro do Padre Cícero, festas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), além do Festival de Inverno de Garanhuns, sua terra, é claro. “Tudo em nome da paixão pelo Sport Clube do Recife, da história do nosso time e da solidariedade”, encerrou Manoel Cabeludo, que tem três filhos, duas mulheres e Adriano Douglas Gonçalves que, segundo ele, herdou do pai essa paixão arrebatadora pelo “Leão da Ilha do Retiro”.