Não há surto: Casos de Meningite em AL têm redução de 58%

Claudeane Nascimento
Claudeane Nascimento

Caracterizada como um processo inflamatório nas meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro, a Meningite apresentou, este ano, redução 58% no percentual de casos em comparação com o mesmo período de 2014. Isso porque, enquanto de 1º de janeiro até 9 de junho deste ano foram confirmados seis casos da doença meningocócica, no ano passado foram confirmados 14.

Quanto ao número de óbitos registrados no Estado por doença meningocócica, foi detectada uma redução de 100%. Isso porque, enquanto de 1º de janeiro a 9 de junho do ano passado foi confirmado um óbito, no mesmo período de 2015 não houve a confirmação de nenhuma morte ocasionada pela doença meningocócica. Vale ressaltar, no entanto, que existem outros tipos de meningite, porém, com menor virulência e não transmissíveis.

Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e foram divulgados nesta terça-feira (9), pela Gerência de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que está monitorando todos os casos suspeitos e confirmados nos 102 municípios. Com isso, de acordo com a gerente de doenças imunopreveníveis da Sesau, Claudeane Nascimento, têm sido adotadas medidas de controle pertinentes, desenvolvidas em tempo oportuno, visando a quebra da transmissão da doença.

Claudeane Nascimento alerta que a transmissão acontece de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe. Para isso, no entanto, é necessário haver contato íntimo, seja com os residentes da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, comunicantes de creche ou escola, parceiros, além do contato direto com as secreções respiratórias do paciente.

“Como forma de prevenção da meningite, recomendamos que se evitem ambientes fechados e aglomerados, como também que se adotem as medidas de higiene, como usar lenço ao tossir e espirrar, lavar as mãos e manter os ambientes limpos e arejados. É importante que as residências, apartamentos e locais de trabalho estejam sempre arejados, já que locais fechados são propícios à proliferação de bactérias, vírus e fungos”, alerta a gerente de doenças imunopreveníveis da Sesau.

Sintomas

Entre os sintomas da doença estão febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, vômitos e, no caso de meningococcemia, há presença de pintas arroxeadas. Por isso, a primeira medida a ser adotada pelo paciente, segundo Claudeane Nascimento, é procurar a assistência médica, com hospitalização imediata nos casos suspeitos.

Isso porque, o tratamento precoce e adequado dos casos reduz significativamente a letalidade da doença, segundo a gerente de doenças imunopreveníveis da Sesau. Desse modo, ao perceber os sintomas, o paciente deve procurar uma unidade de saúde mais próxima de sua residência para atendimento médico e nunca fazer uso de automedicação, após avaliação médica. Caso haja a suspeita de meningite, o paciente deverá ser encaminhado para a unidade de referência, que em Alagoas é o Hospital Escola Helvio Auto (HEHA).

“A doença pode ser causada por agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos; e não infecciosos, no caso de traumatismo. As de origem infecciosa são as mais graves do ponto de vista da saúde pública. Esse alerta se deve pela magnitude da ocorrência desses casos e o potencial de produzir surtos”, informou a gerente de doenças imunopreveníveis da Sesau.

Tratamento

Ela orienta que algumas medidas devem ser adotadas em tempo oportuno, ou seja, em até 48 horas, visando quebrar a cadeia de transmissão da doença. Entre as mais importantes está o bloqueio vacinal seletivo, que será feito com a vacina Meningocócica C para a faixa etária de três meses aos menores de dois anos.

No caso de pacientes que tiveram a confirmação da doença, é necessário realizar a quimioprofilaxia dos contatos íntimos, onde é administrada uma medicação para que esses contatos não venham a desenvolver a doença. “Devemos estar vigilantes as meningites, principalmente a Doença Meningocócica, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos”, salienta Claudeane Nascimento, ao destacar que o medicamento adequado para a quimioprofilaxia é a rifampicina.

Fonte: Sesau

 

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