Veja seis prováveis candidatos para o lugar de Joseph Blatter

catsNesta terça-feira, Joseph Blatter renunciou à presidência da Fifa após 17 anos no poder. Ele já convocou o Comitê Executivo de forma extraordinária para escolher um novo mandatário, mas o processo ainda deve demorar.

Derrotado no último pleito, realizado na sexta, o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein, já avisou que irá tentar novamente tornar-se mandatário da entidade. Ao lado deles, vários outros devem tentar tomar o trono de Blatter.

– Ali bin Al-Hussein (Jordânia)

O príncipe da Jordânia até conseguiu levar a última eleição para o segundo turno, mas desistiu antes da segunda rodada de votos, já prevendo a derrota. Logo após saber da renúncia de Blatter, ele comunicou a interlocutores que iria tentar ser eleito novamente.

“O príncipe Ali está pronto para novas eleições”, garantiu Sala Sabra, vice-presidente da Federação Jordaniana de Futebol. “Se a Fifa pedisse, aliás, ele estaria disposto a assumir a presidência neste instante”, completou o cartola.

Al-Hussein era vice-presidente da Fifa na Ásia, e se destacou por ter conseguido permitir que a Fifa autorizasse jogadoras islâmicas a atuarem usando véu em competições internacionais.

Ele também foi um dos apoiadores do “Relatório Garcia”, que denunciou diversas irregularidades no processo de escolhe de Rússia e Catar como sedes das próximas Copas do Mundo.

– Michel Platini (França)

O francês, antes aliado, virou opositor ferrenho de Blatter e, nos últimos dias, vinha comandando um motim contra o suíço, cogitando inclusive organizar uma Copa do Mundo “extra-oficial”, o que racharia de vez o futebol mundial.

O presidente da Federação Francesa de Futebol, Noël Le Graët, já demonstrou seu apoio ao compatriota: “Estará preparado para entrar nesta aventura? Não posso me colocar em seu lugar, mas penso que se a Europa deve apresentar um candidato, só pode ser Michel”, afirmou, em entrevista ao canal RTL.

Ex-jogador, Michel Platini teve carreira vitoriosa por Nancy, Saint-Étienne, Juventus e seleção francesa, e também foi técnico dos Bleus. Desde 2007, ele é presidente da Uefa (União das Federações Europeias de Futebol), e já está em seu terceiro mandato.

Sua administração é marcada pela regra do fair play financeiro, que tenta acabar com a gastança desenfreada no futebol europeu, no trabalho com categorias de base e na inserção de cada vez mais equipes na Liga dos Campeões.

– Luis Figo (Portugal)

O ex-jogador também era candidato ao último pleito, mas desistiu em cima da hora, ciente de que teria pouca chance de vencer. Ele disse que, no futuro, gostaria de ser eleito presidente, mas até o momento não se pronunciou se irá tentar já na próxima ocasião. Nesta terça, ele fez questão de comemorar a queda de Blatter.

“Um dia bom para Fifa e para o futebol. A mudança está finalmente a chegar. Como disse na minha declaração de sexta-feira: o dia podia tardar, mas chegaria. Ele aí está! Devemos agora, de forma responsável e serena, procurar uma solução consensual em todo o mundo para que comece uma nova era de dinamismo, transparência e democracia na Fifa”, disse.

Com passagens vitoriosas por Sporting, Barcelona, Real Madrid e Inter de Milão, além da seleção portuguesa, durante a carreira, o ex-meio-campista foi eleito melhor jogador do mundo em 2001. Ele se aposentou em 2009, após ser campeão italiano pela Internazionale.

Desde que encerrou a carreira, porém, não foi dirigente de nenhum clube ou associação. De maneira surpreendente, anunciou em janeiro de 2015 que seria candidato à presidência da Fifa, mas desistiu a uma semana da eleição. Segundo o luso, sua intenção era “denunciar o sistema vigente” na entidade.

– David Ginola (França)

Outro ex-jogador que cogitou entrar na última eleição da Fifa, o antigo atacante do Paris Saint-Germain também já garantiu presença no próximo pleito para escolher o chefão da entidade máxima do futebol, de acordo com a BBC.

Ginola havia anunciado sua candidatura no dia 16 de janeiro, mas, duas semanas depois, se retirou do pleito. Ele foi patrocinado por um site de apostas esportivas e, na ocasião, garantiu que todas as doações obtidas através de um financiamento coletivo seriam reembolsadas.

Em janeiro, ele não preenchia os requisitos necessários para presidir a Fifa, pois não tinha o respaldo de cinco federações nacionais nem demonstrou envolvimento direto na administração futebolística durante pelo menos dois dos últimos cinco anos.

Além do PSG, o ex-atacante também teve boas passagens por Tottenham e Newcastle, da Inglaterra, assim como na seleção francesa. Conhecido pelo temperamento irreverente, trabalhou como comentarista de futebol na TV, ator e modelo desde que encerrou a carreira de atleta, em 2002.

– Senes Erzik (Turquia)

O dirigente turco é vice-presidente da Uefa e amigo de Michel Platini. Antes de virar cartola, trabalhou como diretor de grandes bancos de seu país, além de ter desempenhado funções na Unicef, braço da ONU para a infância e juventude.

Erzik entrou para o futebol em 1977, quando ingressou como membro da diretoria da Federação Turca. Em 1989, ele foi eleito presidente da entidade, cargo que ocupou por oito anos até Haluk Ulusoy assumir.

Desde 1990, é membro também da Uefa, e tornou-se vice-presidente da entidade em 1994. Dois anos depois, virou também membro do Comitê-Executivo da Fifa, além de presidente de honra de Federação Turca.

Seu grande destaque como dirigente foi ter levado para Istambul a final da Uefa Champions League de 2004/05, vencida pelo Liverpool sobre o Milan. Ele também tentou fazer a Turquia sede da Euro-2012, mas não conseguiu.

– Ted Howard (Estados Unidos)

O norte-americano é secretário-geral da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe). Graduado em propaganda e marketing, tem um mestrado em administração de empresas.

Ele é conhecido por ter sido um dos chefões de marketing da NBA entre 1988 e 1998, além de ter atuado na promoção da NASL, a segunda divisão do futebol dos Estados Unidos, atrás da MLS.

Ex-jogador, ele jogou durante quase toda a carreira pelo Chico Wild Cats, da Universidade da Califórnia, e depois trabalhou como assistente-técnico da equipe. Desde 2003, ele faz parte do Hall da Fama do Futebol dos Estados Unidos.

Ted Howard sucedeu Chuck Blazer no cargo de secretário-geral da Concacaf. O cartola corrupto foi um dos que deram com a língua nos dentes e motivaram as investigações do FBI em cima da Fifa, que terminaram com a prisão de vários cartolas e a renúncia e Blatter. Howard, porém, saiu limpo nas investigações.

 

Fonte: ESPN

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