Alimentação, diabetes e partos normais sucessivos podem causar incontinência

catsApesar de ser considerada um tabu no Brasil, a incontinência fecal afeta cerca de cinco milhões de pessoas, especialmente mulheres com mais de 30 anos. A doença pode ser desenvolvida por sucessivos partos normais, alimentação, diabetes e doenças inflamatórias. Segundo o médico Sérgio Madeira, a incontinência fecal é alvo de uma campanha por parte de médicos e fisioterapeutas que querem reduzir a falta de informação.

— Há ótimas possibilidades de controle, mediante treinamentos especializados, orientação nutricional ou materiais efetivos e de simples aplicação. Traumas ou acidentes também causam a condição, e o problema afeta também homens, mas com menor frequência e principalmente após 65 anos.

O problema pode não ser contínuo, afirma o especialista.

— Depende de alimentação, consistência das fezes e de outras condições como diabetes ou doenças inflamatórias. Portanto a abordagem deve ser de caso a caso, mas sempre multiprofissional, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros, trabalhando de forma integrada.

De acordo com o médico, o paciente pode passar dias sem apresentar o problema e, de repente, com algum tipo de esforço, perde o controle.

— Subir num ônibus, uma gargalhada ou ao se agachar, aumenta a pressão intra-abdominal e pode ocorrer escape involuntário de fezes ou gases. O problema é motivo de grande constrangimento e por isso muitas pessoas não procuram ajuda. O resultado é a vida social afetada, atividade sexual cortada, a vergonha e até grave depressão.

Madeira diz que existe tratamento simples, rápido e com alto grau de sucesso, cerca de 80%, segundo o médico.

— Ele consiste em quatro a oito injeções de uma substância não absorvível que pode ser feito em ambulatório e é indolor. Em contato com nosso organismo o líquido injetado se torna uma pequena bolota consistente, que diminui a circunferência do esfíncter.

O médico conta que pacientes que receberam o tratamento no exterior entre 2004 e 2006 continuam bem e não tiveram de repetir a aplicação. Deixaram também de usar a incômoda fralda geriátrica ou protetores, reassumiram atividades e passaram a ter vida normal.

 

R7

 

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