Casal volta a captar água no Rio São Francisco para municípios do Sertão
O fornecimento de água, que foi interrompido por causa do aumento da mancha escura no Rio São Francisco, começou a ser restabelecido nesta quarta-feira (13) a seis municípios do Sertão alagoano. A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) informou que já retomou a captação de água da Estação Salgado, em Delmiro Gouveia.
Devido ao acentuamento da mancha, o abastecimento foi interompido na última segunda-feira (11) nos municípios de Água Branca, Inhapi, Mata Grande, Canapi, Delmiro Gouveia e Pariconha. Na terça, a mancha se dissipou um pouco, por isso a captação voltou a acontecer. Com isso, o abastecimento deve ser normalizado gradativamente.
O gerente da unidade da Casal no Sertão, João Neto Alves, explicou que somente em Delmiro Gouveia o abastecimento foi reestabelecido totalmente nesta quarta.
Nos outros municípios, o abastecimento deve ser normalizado até a próxima quinta-feira (14).
“Em Delmiro Gouveia, já foi retomado o abastecimento na parte alta e parte baixa. Hoje, o abastecimento já deve ser retomado em Água Branca e Pariconha, mas isso só no final da tarde ou à noite”, explica o gerente da Casal na região.
Apesar do sistema de captação ter sido restabelecido, Alves disse que ele pode ser suspenso novamente caso haja alguma ameaça de retorno da mancha escura. “Se houver a possibilidade da mancha voltar, nós temos que suspender o abastecimento de novo”, afirmou.
Causas do problema
Quando o problema foi detectado da primeira vez, há mais de um mês, sete municípios chegaram a ter o abastecimento suspenso porque havia risco de contaminação. Mais tarde, foi constatado que a mancha havia sido causada pela liberação de uma grande quantidade de algas no leito do rio.
À época, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) avaliou que o problema foi causado, entre outros fatores, pela abertura de comportas do reservatório da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) em Paulo Afonso (BA), que liberou material orgânico acumulado por anos no rio. A companhia foi multada em R$ 650 mil e informou que iria recorrer.
Uma das medidas adotadas para dissipar a mancha foi o aumento na vazão do rio para que as algas se espalhassem. A ação vinha dado resultado até esta semana, quando o CBHSF identificou o retorno da mancha com mais intensidade.
G1