IMA avalia que mancha escura na praia de Jatiúca partiu de esgoto
Foi apresentado nesta sexta-feira (8), pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), o resultado final das análises de amostras colhidas na praia de Jatiúca após o surgimento de uma mancha escura.
O relatório aponta que o problema foi causado por esgoto lançado na praia, por causa do elevado índice de coliformes fecais nas amostras.
A análise do IMA apontou que havia 3,5 milhões de coliformes fecais a cada 100mL analisados. “O índice normal é de até mil coliformes fecais por cem mililitros (1 mil/100mL). Quando eles estão presentes acima disso, quer dizer que há dejetos. A análise apresentou um valor muito elevado, então mostra que é dejeto humano, esgoto”, expõe Ricardo César, coordenador de gerenciamento costeiro do IMA.
A teoria do IMA é ratificada pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), que participou de uma reunião na sede do órgão ambiental nesta manhã para discussão do resultado das análises. Representantes da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) também estiveram presentes.
Segundo o engenheiro Cid Carlos, da Casal, é certo que o problema foi causado por esgoto, mas não dá pra saber ainda a origem. Os órgãos trabalham com diversas possiblidades, desde algum caminhão limpa fossa que jogou esgoto dentro da galeria a esgoto clandestino.
“É possível que tenha sido retorno do esgoto da própria Casal, mas também pode ter sido outras causas, até uma galeria da prefeitura ter obstruída com lixo que estourou, indo desaguar na Jatiúca”, avalia o engenheiro.
Agora, os órgãos ambientais discutem possíveis soluções para o problema. Segundo o IMA, quando o responsável pela mancha for identificado, será aberto um processo administrativo por crime ambiental. “Vamos continuar monitorando essas galerias para entender como elas se comportam. Queremos identificar a origem e fazer intervenção”, conclui Ricardo César.
As amostras analisadas foram colhidas de dentro da galeria pluvial que fica em frente ao local onde a mancha surgiu. Os técnicos do IMA também colheram amostras em outras duas galerias, 30 metros ao norte e ao sul do local onde surgiu a mancha.
Inicialmente, havia a possibilidade de o problema ter sido causado pela lavagem das galerias de águas pluviais, que teria drenado a sujeira e levado o material até a praia, mas essa hipótese está descartada agora.
Redação com agências
