PSB e PPS anunciam início de processo de fusão
PSB e o PPS anunciaram nesta quarta-feira, em entrevista coletiva, o início de um processo oficial de fusão entre as duas legendas. Os dirigentes dos dois partidos pretendem concluir o procedimento ainda neste ano de olho nas eleições municipais do ano que vem.
O grande objetivo do PSB é garantir a eleição de prefeitos nas capitais brasileiras e em cidades acima de 200 mil habitantes.“A vinda de Marta Suplicy nós damos como certa para o PSB e para esse novo partido. Independente de estarmos juntos ou não, temos certeza que o PPS estaria junto de nós com Marta Suplicy”, disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira. Além da ex-petista, o senador Romário é cotado para disputar a prefeitura do Rio de Janeiro.
O processo de fusão ganhou o aval nesta manhã pela Executiva Nacional do PSB, que aprovou a ideia com um voto contrário. A partir de agora, dirigentes das duas legendas vão discutir detalhes, como a criação do estatuto, diretoria e nome da nova legenda. O procedimento deve ser aprovado nos congressos nacionais dos partidos em junho.
Se concretizada, a legenda deve manter o nome e o número do partido maior, o PSB. O presidente da legenda, Carlos Siqueira, sugeriu durante a entrevista coletiva uma pequena alteração na sigla, incorporando o número ao nome da legenda: PSB40.
Aliado histórico do PT, o PSB deixou o governo Dilma Rousseff em 2013 para viabilizar a candidatura de Eduardo Campos à presidência da República, que ganhou o apoio do PPS. O partido de Roberto Freire chegou a participar da base do governo Lula até 2004, mas partiu para a oposição em 2004.
Com a fusão, o partido se tornaria o quarto maior da Câmara, com 44 deputados federais e se igualaria ao PDT no Senado, com sete senadores. O PSB também pretende incorporar outras duas senadoras com a possível filiação. O partido também ficaria com 588 prefeitos (quatro capitais) e 739 mil filiados.
O fortalecimento do novo partido depende de uma decisão que o Congresso Nacional deverá tomar na semana que vem. PSB e PPS mobilizaram suas bancadas para derrubar o veto de Dilma Rousseff a um trecho da lei que dificulta a fusão de partidos. Se o texto original for mantido, parlamentares de outros partidos teriam um mês para mudarem para a nova legenda, sem correrem o risco de sofrer processo por infidelidade partidária.
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