Professores fazem paralisações em 10 Estados e 8 redes municipais

catsA CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação) convocou para esta quinta-feira (30) uma paralisação nacional dos trabalhadores da categoria. Além da paralisação coordenada, professores das redes estaduais de dez Estados já realizaram greves ou paralisações neste ano por melhorias nas condições de trabalho e reajustes salariais. Ao menos oito redes municipais de educação também pararam as atividades, segundo a CNTE.

Docentes de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Pará e Pernambuco já fazem greve por tempo indeterminado. Neste mês no Paraná, os professores estaduais decretaram o período estendido de paralisação pela segunda vez no ano.

As manifestações de docentes junto a servidores públicos de outras áreas, realizadas nesta semana em Curitiba, foram marcadas por confrontos com policiais. Ontem (29), ao menos 200 pessoas ficaram feridas durante mais um ato contra mudanças na previdência estadual.

Em São Paulo, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) ainda não ofereceu aos docentes proposta de reajuste salarial para este ano, e a greve já tem 48 dias. A adesão, segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo), é de 50% dos professores. A Secretaria de Educação defende que o índice de presença dos docentes nas escolas é de 96%.

A Apeoesp reivindica reajuste de 75%. O Estado se comprometeu a criar uma política salarial pelos próximos quatro anos, mas não apresentou porcentuais. O sindicato convocou para as 14h desta quinta-feira uma nova assembleia na avenida Paulista. “Não tivemos nada até agora, não tem como terminar a greve”, diz a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha.

A secretária-geral da CNTE, Marta Vanelli, afirma que movimentos com foco em aumento salarial não têm conseguido avançar, apesar de o piso nacional da carreira docente ter tido uma valorização de 13% neste ano.

“Quando a questão passa por salário, nenhum governo tem avançado. A diminuição de arrecadação neste ano tem peso, mas o principal é a falta de vontade política”, diz.

— Estados pobres, como Acre, Maranhão e Piauí, concederam o reajuste do piso salarial dos professores.

Mais manifestações 

Nesta quarta-feira (29), professores em greve em São Paulo interditaram duas rodovias no interior de São Paulo. Em Campinas, cerca de cem professores bloquearam pela manhã um trecho da rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101). O grupo caminhou pela estrada até o Trevo da Bosch.

Em Marília, centro-oeste do Estado, outros cem professores grevistas, segundo a Polícia Militar, interromperam o tráfego nos dois sentidos da rodovia Transbrasiliana (BR-153). O ato durou uma hora.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

R7

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *