Mancha no São Francisco é concentração de microalgas, aponta análise
O Instituto do Meio ambiente (IMA) apresentou, na manhã desta sexta-feira (17), durante coletiva de imprensa, os resultados preliminares das análises realizadas em amostras coletadas nas águas do rio São Francisco. Segundo os estudos, a mancha é causada pela grande quantidade de uma microalga fitoplanctônica que teria se reproduzido em grande quantidade. A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) informou que deverá solicitar ressarcimento de R$ 500 mil.
Segundo informações do diretor de Laboratório do IMA, Manuel Messias, há pesquisas científicas que evidenciam que as microalgas fitoplanctônicas dinoflageladas Ceratiumgeralmente são encontradas em cistos de sedimentos de fundos de barragens. Elas possuem coloração marrom escura, gosto amargo, cheiro de peixe ou séptico, alta tolerância ao sal e se movimenta em rotação.
As evidências indicam que o esvaziamento de um reservatório da Usina de Paulo Afonso, feita pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), seria a causa do problema. Durante a operação, cerca de 80% de 26 milhões m³ da água armazenada no reservatório foram liberados com o esvaziamento, liberando também grande quantidade de sedimentos que estavam parados.
Manuel Messias disse ainda que os microorganismos não produzem gases tóxicos nocivos à população, mas advertiu que a ingestão da água deve ser realizada após tratamento e que este deve seguir o que determina o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
Agência Alagoas