Dois suspeitos de integrar o PCC morrem em confronto com a polícia
Duas pessoas morreram durante uma troca de tiros, na madrugada deste sábado (11) com policiais da Radiopatrulha (RP), no conjunto Jardim Petrópolis, parte alta de Maceió. Segundo a polícia, os suspeitos faziam parte de um grupo criminoso que age dentro e fora dos presídios, onde o chefe da quadrilha foi morto durante operação ocorrida na sexta-feira (10), identificado como ‘Facção’.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Defesa Social e Ressocialização (Sedres), Cristiano Silva de Oliveira, 29, conhecido como ‘Kiko da Comando’, já havia sido preso por tráfico de drogas em 2011. Além de Kiko da Comando, a mulher dele, identificada como Tamara, também morreu na ação. Segundo as investigações, ela seria a tesoureira da quadrilha.
Ainda segundo a assessoria, a operação foi uma continuação da que ocorreu no bairro de Guaxuma, na tarde de sexta-feira. Foram presos ainda os jovens Wilton Douglas de Farias, Rafael Correia de Melo, Douglas Vieira de Lima, Wallisson da Silva, Felipe da Silva e Paulo Jorge da Conceição. Todos possuem passagem pela polícia, mas negam integrar a facção criminosa e a prática recente de crimes.
“Sou pintor e trabalho com o meu pai. De facção o que sei é o que vejo na TV. Estava em Riacho Doce tomando banho de praia e fui surpreendido por uma blitz quando voltava para casa”, disse Wilton Farias.
Durante a abordagem aos suspeitos, houve troca de tiros e um deles foi atingido.
O policial responsável pelo núcleo de Investigação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), que pediu para não ser identificado, expôs que o grupo criminoso vem sendo monitorado há 8 meses em Alagoas.
“Resolvemos fazer uma operação policial hoje porque descobrimos que a cúpula da facção estaria reunida para discutir questões sobre a ‘cebola’, espécie de pagamento mensal que os grupos devem pagar; e tomariam também decisões sobre a morte de integrantes da facção em Alagoas.
Participaram desta reunião 21 membros, pessoas que são cabeças em bairros de Maceió e cidades do interior”, falou o coordenador da operação e responsável pela inteligência do Gecoc.
O Gecoc ainda investiga o local onde o grupo guarda uma grande quantidade de drogas. Material que é distribuído para todo o estado pela facção criminosa. Uma estimativa feita pelos policiais diante das informações levantadas é que o principal membro do grupo estava de posse de mais de meia tonelada de drogas para abastecer ‘bocas de fumo’ na capital e no interior.
Fonte: G1