Quênia promete resposta severa a ataque que matou 148 pessoas

catsO presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, prometeu hoje (4) responder “o mais severamente possível” ao ataque à universidade de Garissa, onde 148 pessoas foram mortas por extremistas islâmicos, assegurando que o seu país “não se curvará” perante a ameaça do grupo somali al-shebab de promover um banho de sangue no país.

“O meu governo responderá o mais severamente possível ao ataque e a qualquer ataque que nos tenha como alvo”, declarou Kenyatta, na sua primeira declaração pública desde que terminou, na sexta-feira (3), a operação das forças de segurança relativa ao atentado. “Apesar da adversidade, nunca nos curvamos – e não desistiremos nunca – e continuaremos a construir uma nação próspera e segura”, disse o presidente queniano.

Kenyatta decretou hoje três dias de luto nacional, pelo ataque de quinta-feira (2), que vitimou principalmente estudantes da Universidade de Garissa.

“O combate ao terrorismo tornou-se particularmente difícil, pois os que o organizam e financiam estão profundamente inseridos nas nossas comunidades”, disse o presidente.

“A radicalização que alimenta o terrorismo ocorre em pleno dia, nas escolas corânicas, nas casas e nas mesquitas com imãs sem escrúpulos”, alertou o dirigente queniano. Kenyatta apelou, ainda, para que “todos os quenianos, todas as igrejas e todos os dirigentes” falem “alto e forte a favor da unidade [do país]” e de modo que a sua “cólera, justificada, não leve à estigmatização de ninguém”.

Além dos estudantes, três agentes policiais e três militares morreram no ataque à universidade de Garissa, localidade do leste queniano, a cerca de 150 quilômetros da fronteira com a Somália. Os shebab reivindicaram o ataque, o mais mortífero no Quênia desde o atentado contra a embaixada dos Estados Unidos em Nairobi, em 1998, que teve 213 mortos, em represália pela presença militar queniana na Somália desde final de 2011 para combater o grupo fundamentalista.

 

Agência Lusa

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