Prefeito de NY diz que manejo em gás pode ter causado explosão
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que as autoridades trabalham com a possibilidade de a tubulação de gás ter sido manejada de forma inadequada antes da explosão que causou o desabamento de dois prédios e deixou 22 pessoas feridas, quatro em estado grave, na tarde de quinta-feira (26). Duas pessoas ainda estão desaparecidas.
“Há uma possibilidade de alguém ter acessado a tubulação de gás de forma inapropriada”, disse De Blasio nesta sexta, sem dar mais detalhes sobre a investigação.
Segundo a agência Associated Press, fiscais da ConEdison, a empresa que fornece gás para a região do East Village, em Manhattan, onde a explosão ocorreu, estiveram em um dos prédios pouco antes do acidente para checar uma obra que estava sendo feito na tubulação. A ideia era expandir o gás para o resto do edifício –apenas um restaurante japonês, no térreo, tinha o serviço.
A obra, no entanto, não foi aprovada pela ConEdison, impedindo a introdução do gás no restante da tubulação. Os fiscais deixaram o prédio por volta das 15h locais, dando algumas instruções para os responsáveis da construção.
Em seguida, segundo Robert Boyce, da polícia nova-iorquina, o dono do restaurante japonês alertou o responsável pelas obras, Dilber Kukic, sobre o cheiro de gás. Esse último desceu ao porão, ao lado do filho do dono do restaurante, e a explosão ocorreu. Os dois tiveram queimaduras no rosto.
Questionado sobre a possibilidade de os apartamentos já estarem recebendo gás da tubulação, Craig Ivey, diretor da ConEdison, respondeu que a investigação confirmará ou não essa questão.
Kukic, o responsável pelas obras, é investigado por tentar subornar um fiscal, que na verdade era um agente infiltrado, por causa de irregularidades em outras propriedades que tinha em Manhattan –ele se disse inocente. Após a explosão, ele foi levado ao hospital, e depois liberado.
Desaparecidos
Nicholas Figueroa e Moises Lucon são as duas pessoas que estão desaparecidas. Ambos estavam no restaurante: Figueroa pagava a conta de sua refeição no momento da explosão, e Lucon era um funcionário do local. Figueroa, que trabalhava como atendente em um boliche, estava acompanhado por uma amiga, que está no hospital.
Nesta sexta, o Corpo de Bombeiros continuou trabalhando no local para retirar os destroços e localizar os desaparecidos.
UOL