Sargento da guarnição da Lei Seca tem prisão decretada após prender colega
O juiz José Cavalcanti Manso Neto decretou, na última terça-feira (24), a prisão preventiva e o afastamento do sargento da Polícia Militar Esmeraldino Bandeira de Melo Júnior depois que ele deu voz de prisão ao também sargento José Hamilton Alves Bezerra, durante uma blitz da Lei Seca em Maceió. Confira o vídeo enviado por internautas:
Em nota, a Polícia Militar explicou que durante a abordagem, realizada no dia 18 de março, pela guarnição do Batalhão de Trânsito (BPTran) e comandada por Bandeira, o sargento Hamilton se recusou a parar, desacatou os policiais presentes e resistiu à prisão.
“O militar não aceitou realizar o procedimento da abordagem, tendo ainda desacatado a guarnição e resistido à prisão. Ainda, tentou jogar seu veículo contra um dos policiais militares que se encontravam na operação”, diz trecho da nota da PM.
Ainda segundo a nota, Hamilton foi conduzido ao Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods) e autuado por desacato, desobediência e resistência à prisão. A prisão, no entanto, foi relaxada na última sexta-feira (20).
Em sua decisão, porém, o juiz José Cavalcanti Manso Neto entendeu que o sargento Bandeira violou artigos do Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Alagoas, como “agir com absoluta ausência de respeito à dignidade da pessoa humana, compostura, educação, civilidade, moderação na linguagem falada, proferindo palavras depreciativas ao abordado”.
“É notório o desvio de conduta do Sgt PM Esmeraldino Bandeira de Melo Júnior para com as
normas disciplinares militares e crimes militares, agindo com quebra de decoro em sua conduta, não respeitando os padrões éticos e morais que devem ser princípios norteadores de
sua vida militar, sobretudo daqueles que têm como mister profissional assegurar a aplicação
da legislação e os bons costumes”, informa a publicação.
Com a decisão do juiz, Bandeira deve ser afastado de suas funções dentro de operações da Lei Seca, até posterior deliberação. A Polícia Militar informou que foram determinados a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM), que deve ser concluído em 20 dias, assim como uma Sindicância Administrativa, com conclusão prevista para 30 dias, afim de apurar a conduta do sargento Hamilton.
Redação com agências