Padre é condenado por estupro e Papa será comunicado
O padre Márcio Gonzaga, da Diocese de Propriá, foi condenado por estupro de vulnerável, crime considerado hediondo, conforme a lei 8.072/1990. A decisão foi anunciada pelo juiz Fernando Luís Lopes Dantas, da 1ª Vara Vara Cível e Criminal da Comarca de Nossa Senhora da Glória, com base nas provas contidas nos autos. A condenação foi anunciada, mas a sentença efetiva ainda não foi divulgada. Como o processo tramita em segredo de justiça, a sentença só poderá se tornar conhecida depois de passada a fase de recurso.
A sentença é do juízo de primeiro grau, está em fase de apelação e poderá ser modificada de acordo com os entendimentos do Tribunal de Justiça de Sergipe. O padre foi denunciado pelo Ministério Público por estupro de vulnerável, com base no artigo 217-A, que estabelece pena de prisão que varia entre oito e 15 anos, ato classificado como crime hediondo com base no artigo primeiro da lei 8.072/1990, conforme explícito na decisão judicial.
Na época, as denúncias chegaram ao conhecimento da polícia por telefonema anônimo, feita pelo número 100, o Disk Denúncia do Ministério da Justiça e redirecionada simultaneamente ao Conselho Tutelar, à Polícia Civil e também ao Ministério Público Estadual. Em fevereiro de 2013, o padre Márcio Gonzaga foi afastado da Paróquia de Nossa Senhora da Glória onde atuava, mas permaneceu na congregação católica. O bispo D. Mário Sivieri, da Diocese de Propriá, desconhece a sentença, revelou que a Igreja Católica instaurou procedimento para apurar as denúncias contra o pároco e explicou porque as investigações internamente não prosseguiram. “Não tínhamos nada contra ele porque a família se recusou a depor na nossa comissão, mas agora a situação muda porque há uma sentença”, considerou D. Mário.
O bispo informou que fará comunicado oficial ao Papa Francisco, a quem caberá as decisões sobre o destino do padre Márcio Gonzaga. “Vamos tomar as providências necessárias. Vamos comunicar o caso ao Papa que houve este caso para que ele possa dizer o que temos o que fazer”, ressaltou D. Mário.