Dormir pouco aumenta risco de doenças como hipertensão e diabetes
Menos uma hora de sono para ir à academia, menos uma para fazer um curso extra… A demanda de múltiplas atividades durante o dia tem tornado as noites cada vez mais curtas. Dormir pouco, contudo, eleva o risco de diversas doenças, sobretudo problemas circulatórios, como diabetes, hipertensão arterial, arritmias cardíacas e AVC. Comemorado hoje, o Dia Mundial do Sono visa a conscientizar a população desse perigo.
Um estudo recente da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, mostrou que dormir mal por três noites já é suficiente para aumentar o risco de diabetes tipo 2, mesmo em pessoas saudáveis, já que isso reduz a capacidade da insulina de regular a quantidade de açúcar no sangue.
— Acredita-se que dormir pouco ativa o sistema nervoso autonômico, que prepara o corpo para situações de estresse. Isso faz com que sejam liberadas na corrente sanguínea uma série de substâncias, que vão contribuir para alterações como aumento da pressão e da frequência cardíaca — explica o otorrinolaringologista Fernando Oto Balieiro, especialista em medicina do sono e membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.
Segundo o médico, alguns distúrbios diminuem a qualidade do descanso durante a noite, o que simula no organismo a privação de sono.
— Muitas pessoas acham que roncar, por exemplo, é uma coisa normal, que vem de família. Passam o dia cansadas, irritadas, com perda de concentração, ganham peso e atribuem isso à correria do dia a dia — ressalta o médico.
Problemas relacionados ao sono nem sempre são fáceis de ser percebidos pelo paciente, já que se manifestam enquanto a pessoa dorme. Procurar um especialista para fazer um exame de polissonografia, que rastreia distúrbios do tipo, é importante para obter diagnósticos e dar início a tratamentos, se necessário.
EXTRA