Em entrevista, Suzane von Richthofen admite ter planejado morte dos pais: ‘Fiz parte’
Condenada pelo assassinato dos pais, Suzane von Richthofen admitiu, pela primeira vez, ter planejado o crime. Em entrevista ao apresentador Gugu Liberato, da Rede Record, que foi ao ar nesta quarta-feira, ela disse ter tanta culpa quanto Daniel Cravinhos, nas mortes de Marisia e Manfred von Richthofen. Em outros depoimentos, Suzane alegava ter sido influenciada pelo então namorado.
“Não é verdade que eu fui a cabeça de tudo. Eu fiz parte, fiz. Mas os três bolaram. O Christian (Cravinhos, irmão de Daniel) sabia menos da situação. Tanto eu quanto o Daniel temos culpa”, disse ela.
Suzane contou ainda que se arrepende: “Isso é uma coisa que não tem como esquecer. Faz parte da minha vida, da minha história. Eu me arrependo. Queria pular os 14 anos, não ter conhecido ele (Daniel), não ter namorado. Como eu queria”.
Na entrevista, ela disse que o Presídio de Tremembé, em São Paulo, é o único lugar em que se sente segura e, por isso, pediu à Justiça o adiamento da progressão de sua pena para o regime semiaberto: “Eu já passei por vários lugares do sistema penitenciário de São Paulo e sofri um bocado. Aqui encontrei tranquilidade, respeito, um emprego”.
Segundo Suzane, na época em que ficou presa em Ribeirão Preto, ouviu comentários de que alguém teria pagado R$ 500 mil para que a matassem: “Ninguém nunca me falou: ‘Vou te matar’. Mas eu ouvia conversas”.
Cantada de promotor
Ainda sobre a passagem por Ribeirão Preto, Suzane disse que quando estava lá um promotor se apaixonou por ela e prometeu tirá-la da vida do crime: “Ele foi lá para averiguar se eu tinha regalias, viu que não tinha nada a ver. Eu pedi ajuda para conseguir minha transferência e ele começou a fazer declarações. Aquilo, para mim, não tinha nada a ver. Como assim? Era uma autoridade e eu estava pedindo ajuda”.
Atualmente, Suzane é casada com outra presa, Sandra Regina Gomes. No início do relacionamento das duas, Sandrão, como é conhecida, estava com Elize Matsunaga, 32, presa pela morte do marido, Marcos Kitano Matsunaga. Ao ser perguntada se foi realmente o pivô da separação das duas, Suzane disse que Sandra é que deveria responder.
Nesta primeira parte da entrevista ela não falou sobre o relacionamento das duas. Mas admitiu ser vaidosa. “A vaidade faz parte de mim. A mulher tem que se cuidar em qualquer lugar. Aqui não dá para fazer muita coisa. Dá para fazer as unhas, maquiagem, mas não tem muito recurso. As presas mesmo fazem umas nas outras”, contou.
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