Justiça suspende leilão de carros de Eike Batista
O leilão de carros do empresário Eike Batista foi suspenso nesta terça-feira (24). A sessão para arremate dos bens do ex-bilionário estava marcada para ocorrer na próxima quinta-feira (26).
Na ocasião, iriam a leilão o luxuoso Lamborghini Aventador LP700-4, que decorava a sala de Eike; um Smart Fortwo CA 6, e; três Toyota Hilux SW4 blindados.
A suspensão do leilão foi determinada pelo desembargador federal Messod Azulay, da Segunda Turma Especializada do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região.
A ordem de Azulay foi divulgada em pedido apresentado pela defesa do empresário. Eike responde por tentar induzir investidores ao erro.
Em sua decisão, o desembargador levou em conta que os automóveis não são bens perecíveis e não correm o risco de se acabar. Por conta disso, o magistrado entendeu que a realização do leilão pode ser adiada, para que seja garantido o direito ao contraditório e à ampla defesa do réu.
— Observe-se que a apreensão dos bens se deu há menos de 30 dias, não se justificando a designação de data para o leilão sem que o réu ou terceiros proprietários tenham tido a oportunidade da interposição dos recursos cabíveis quanto à medida constritiva que recaiu sobre seu patrimônio.
Caso o leilão fosse realizado, o Lamborghini Aventador LP700-4 poderia ser arrematado pela metade do preço de tabela (R$ 1,28 milhão), o Smart receberia lances de, no mínimo, R$ 24 mil e as Hilux receberiam propostas de compra a partir de R$ 26 mil.
Pedido de suspensão
O advogado Sergio Bermudes, que defende Eike Batista, afirma que o juiz que mandou apreender bens do empresário, dr. Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, teria usado o Porsche Cayenne branco, pertencente ao empresário.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Bermudes afirma que o magistrado levou o veículo para o prédio onde mora. O jornal flagrou o juiz dirigindo o veículo nesta terça-feira, no centro da cidade, próximo à sede do Tribunal Regional Federal.
Em sua defesa, o juiz disse ter levado o veículo para a garagem do seu prédio, na Barra da Tijuca, por falta de vagas no pátio da Justiça Federal e por causa da lotação do depósito da Polícia Federal. Ele afirmou que levou o carro para evitar que o carro fosse danificado ao ficar exposto aos efeitos do sol e da chuva.