Estado prioriza plano de resíduos sólidos para acabar com lixões
Há mais de três anos, o Brasil adotou uma política nacional de resíduos sólidos, por meio da Lei nº 12.035/2010. No entanto, apesar da norma, o descarte do lixo ainda é um desafio para a maior parte dos municípios. Ao Estado cabe compor um plano de ação comum a toda Alagoas. Ciente dessa responsabilidade, o governador Renan Filho esteve, nesta terça-feira (24), na Central de Tratamento de Resíduos (CTR), na cidade de Pilar – trata-se de um aterro privado.
“Eu vim conhecer essa estrutura como uma alternativa, uma forma dos municípios atenderem a legislação ambiental. Não é papel do Governo [de Alagoas] fazer coleta nem acondicionamento de lixo. Mas é papel nosso fazer o Plano de Resíduos Sólidos do Estado”, explicou o chefe do Executivo.
Renan Filho foi recebido pelo proprietário da Central, Antônio Tarcísio da Silva. A previsão é que a CTR inicie os trabalhos em abril, com 90 colaboradores. Cerca de 95% serão do município do Pilar. O empresário é responsável também por outra unidade, na cidade de Rosário, no Maranhão.
O destaque da CTR do Pilar é a tecnologia e a atenção ao meio ambiente. O projeto, segundo a engenheira de aterro Greice Carvalho, outra representante do grupo, atende aos requisitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. É uma alternativa para pôr fim aos lixões.
Como contrapartida pela instalação em Pilar, a CTR passa a ser responsável pelo acondicionamento de todo o resíduo produzido pela cidade. Além disso, fará a recuperação da área onde hoje está instalado o lixão – sem custos. “Com o funcionando integral, o município do Pilar será o primeiro do interior do Estado a destinar com segurança todo o seu resíduo sólido”, avaliou o governador.
Foram investidos R$ 21 milhões na Central. O projeto final é de R$ 32 milhões. A vida útil prevista é de 25 anos. A estrutura pode atender a 25 cidades da região metropolitana de Maceió e do Agreste. Segundo Greice Carvalho, a CTR receberá resíduos domiciliares e industriais.
“Entre as unidades, dispomos de laboratório de triagem que indica o melhor tratamento aos materiais. Nossa tecnologia impede contaminação do solo e das reservas de água. Há mais de um ano, fazemos monitoramento da área, que será uma constante”, resumiu a engenheira.
Agência Alagoas