Homem tenta matar a ex, mas arma falha cinco vezes e mulher escapa

Sem títuloInconformado por ter sido trocado por outro, Wesley Alves Pereira, de 20 anos, foi atrás da ex-mulher, de 22, em São Gonçalo, e atirou cinco vezes contra ela. A arma não funcionou em nenhuma das tentativas. Vendo que não conseguiria se vingar atirando, ele pegou um canivete e correu atrás da jovem, que conseguiu fugir.

— Ia cortar o pescoço dela com o canivete porque me traiu. E, depois do carnaval, ia me entregar — disse o rapaz à delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de São Gonçalo, Cristina Bento.

O crime aconteceu no último dia 1º, mas o rapaz só foi capturado na manhã desta terça-feira por agentes da especializada, depois de uma determinação da 4ª Vara Criminal do município.

— Não tem problema, não. Vou ficar um tempo agarrado e, quando sair do presídio, pego e mato pra valer. Só assim acabo de vez com a graça dela — ameaçou o rapaz em depoimento na Deam.

Segundo a delegada, Wesley já estava separado da jovem, com quem teve um filho, mas não aceitava o novo relacionamento dela. Então, marcou com a ex-mulher para que ela fosse pegar o dinheiro da pensão do menino, no bairro Galo Branco. Quando a vítima chegou, ele sacou a arma e, depois, o canivete. A mulher correu e se refugiou na casa da tia de Wesley, que acabou indo embora.

— Esse rapaz diz o tempo todo que a moça traiu, mas eles nem estavam mais juntos. Mesmo que estivessem, nada justifica. O Wesley age com a certeza da impunidade — comentou a delegada.

Esta não foi a primeira vez que o rapaz teve problemas com a Justiça. Ele já tem duas passagens por receptação de motos roubadas.

— De março a dezembro do ano passado, foram registrados 4.800 casos de agressão contra mulheres aqui na Deam. Sabemos que esse número é bem maior porque muitas têm medo dos agressores — explicou Cristina Bento: — Imagina se essa mulher não registrasse a tentativa de homicídio. Hoje ela poderia estar morta.

Wesley será levado ainda nesta quarta-feira para um presídio em Bangu. Caso seja condenado pelo crime, ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.

 

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