Policiais matam jovem por engano em Nilópolis, no Rio de Janeiro

catsA jovem Haíssa Motta, 22 anos, foi morta por tiros de fuzil, em desastrada ação da Polícia Militar no Rio de Janeiro. A execução da atendente de telemarketing se deu após policiais considerarem o veículo em que a jovem estava suspeito. O incidente ocorreu em 2 de agosto do ano passado, mas foi divulgado somente no último sábado (10/1), em vídeo publicado no site da revista Veja.
Dois PMs alegam que o carro modelo HB20, da Hyundai, é o mais roubado da capital carioca. Ao avistar o carro em que a vítima estava, os policiais comentam: “Carro daquele branco que tá roubando para c…”. Os PMs justificam a ação desastrosa com o fato de ter quatro pessoas dentro do veículo. “Quatro cabeças, um moleque de boné e tudo” diz um dos militares.

Em poucos segundos de perseguição, mesmo com o pedido de “calma” do colega que dirigia a viatura, o policial José Watterlor Alves coloca parte do corpo para fora do veículo e começa a atirar. São efetuados nove disparos, um deles atinge as costas da jovem. Haíssa voltava de uma festa com quatro amigos.

Após a tragédia, duas moças que acompanhavam a atendente de telemarketing entram na viatura dos PMs. No caminho até o hospital da região, os policiais chegam a questionar as testemunhas: “Por que não pararam?”, em seguida afirmaram: “Não justifica ter dado o tiro”.

Ao repassar a ocorrência via rádio, Alves diz: “”Não sei nem o que falar”. Em depoimento, o rapaz que conduzia o HB20 alegou que não parou o veículo porque pensou que a moto que vinha atrás era o alvo dos policiais. Procurada pelo Correio, a Polícia Militar informou que os policiais envolvidos neste caso foram afastados e respondem a um Inquérito Policial Militar (IPM), que foi aberto pelo comando da PM em agosto. O IPM está em fase de conclusão e deve ser publicado nos próximos dias.

 

Correio Braziliense

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