Prefeito de Joaquim Gomes é cassado por improbidade

catsNuma sessão tensa, em que a expectativa foi grande, nesta quarta-feira, 07, os vereadores da câmara municipal de Joaquim Gomes se reuniram para então proceder com o relatório final da CEI – Comissão Especial de Inquérito, criada em 29 de outubro de 2014 com a missão de apurar denúncias contra o prefeito afastado desde abril do mesmo ano. As acusações são de que, Toinho Batista (PSDB), teria praticado crimes de improbidade administrativa, entre eles por falsificar notas fiscais, o que foi delatado pelo empresário Sandro Rodrigues, que disse ao ministério público que a prática era comum e que envolvia, além do prefeito, também alguns de seus secretários.

Com a denúncia que chegou ao parlamento através do senhor Sandoval Gomes de Lima, os vereadores deram início a CEI, instaurada para em 90 dias concluir as investigações. Como presidente, através de Sorteio, o vereador Cícero Pedro Custódio (PHS), deu andamento aos trabalhos, acompanhado do relator, vereador Ivaldo Gomes (PPS) e do secretário, vereador Júlio Fragoso (PSC).

As apurações chegaram ao fim, após colherem dados que pudessem apresentar o que chamaram de provas do ato de improbidade, desse modo, foi lido no plenário o relatório final da CEI em que apontou pelo menos três infrações cometidas pelo então gestor, quando o relator, Ivaldo Gomes, pediu pela cassação do então prefeito, Antônio de Araújo Barros, o Toinho Batista.

O voto do relator contou com a maioria absoluta do parlamento, quando apenas o vereador Dionísio Bonifácio, o Nino da Pimenta (PSL), votou contrário, e por dez votos contra um, o prefeito já afastado tem seu mandato cassado de forma definitiva. A cada voto proferido pelos parlamentares, a plateia presente em que lotou o espaço da Câmara, aplaudia, enquanto no momento do vereador Nino, quando proferiu voto contrário a cassação, ele acabou sendo vaiado, e que repudiou a atitude da plateia, pedindo ao presidente que mantivesse o controle da sessão.

Com o resultado a expectativa para seu retorno ainda este mês, quando se expira o prazo de seu afastamento, se acaba, ou seja, com a cassação, Toinho perde o mandato. Mas ainda existe chance, segundo os advogados será entrado com recurso pedindo a nulidade da cassação, com alegações de falhas nos trâmites que resultou em sua cassação.

O clima durante toda esta quarta-feira foi de tensão, os vereadores passaram o dia reunidos em um mesmo lugar, confinados, não tiveram contato com ninguém, inclusive o vereador Nino ficou o dia todo na Câmara, porém sem ter informações dos colegas. Já perto do inicio da sessão foi que os dez parlamentares chegaram em seus veículos.

Já no plenário, muita gente se aglomerava, tanto dentro como na parte externa para ansiosos aguardarem o resultado da sessão que terminou no que já era esperado. A polícia militar esteve do início ao fim, com o intuito de garantir a ordem pública e evitar conflitos, o que não foi preciso usar a força.

Com a cassação, o presidente da Câmara, assinou o decreto legislativo e comunicou em plenário que será comunicado a justiça eleitoral sobre a perda do mandato do então prefeito Tonho Batista, eleito em 2012.

 

Redação com JG Notícias

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