Astrônomos encontram oito novos planetas onde vida é possível
Astrônomos encontraram oito novos planetas orbitando a chamada “zona Goldilocks” ou região habitável do Universo, com temperaturas que permitem a presença de água e a possibilidade de vida, informou nesta terça-feira (6/1) a Sociedade Americana de Astronomia.
O achado duplica o número de planetas conhecidos que tem tamanho similar ao da Terra e que se acredita sejam habitáveis orbitando em torno de estrelas. Dois dos oito novos planetas são mais parecidos com a Terra entre os já identificados até o momento fora do nosso sistema solar, destacaram astrônomos na 225ª reunião da Sociedade de Astronomia, realizada em Seattle, Washington.
“A maioria destes planetas tem uma boa possibilidade de ser rochoso, como a Terra”, destacou principal autor do estudo, Guillermo Torres, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica. Os planetas foram encontrados com a ajuda da missão Kepler da Nasa para a busca de novos mundos.
Como os planetas não eram suficientemente grandes para serem confirmados como tal, foi necessário ratificá-los através da medição de suas massas, com os cientistas utilizando um programa informático chamado BLENDER.
O mesmo programa “foi utilizado previamente para validar alguns dos achados mais icônicos do Kepler, entre eles os primeiros dois planetas com o mesmo tamanho da Terra, que orbitavam uma estrela similar ao Sol, e o primeiro exoplaneta menor que Mercúrio”.
Apesar da curiosidade gerada pela possibilidade de haver vida em outro planeta como a Terra, os dois melhores candidatos estão tão distantes que saber mais sobre eles será um enorme desafio. Kepler-438b está em órbita de sua estrela a uma distância de 470 anos-luz da Terra. O outro, Kepler-442b, fica ainda mais longe, a 1.100 anos-luz.
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O planeta Kepler-438b tem um diâmetro que é 12% maior que o da Terra, e mantém 70% de possibilidade de ser rochoso, destacaram os pesquisadores. Kepler-442b é um terço maior que a Terra, e os especialistas afirmam que a possibilidade de ser rochoso é de três em cinco.
“Não estamos certos de que um dos planetas seja realmente habitável”, destacou um dos autores do estudo, David Kipping, também do Centro Harvard-Smithsonian. “Tudo o que podemos dizer é que são candidatos promissores”.
France Press