Câmara palmeirense elege Mesa Diretora para próximo biênio

A eleição para a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Palmeira dos Índios, acontecida na manhã desta quarta-feira, 10, pelo que já era previsto, segundo alguns frequentadores semanais da Galeria, já começou com uma questão de ordem a respeito do posicionamento de uma equipe de imprensa que presta serviço à Prefeitura, que de acordo com o os vereadores Júlio Cézar (PSDB); Agenor Leôncio (PR); Márcio Henrique (PPS) e Thales Targino (PT), não deveria estar ali, justamente devido à proibição havida na sessão da quarta anterior, em que outros jornalistas foram “convidados” a se retirar do Plenário, inclusive o vereador Marcio Henrique, reforçou a sua posição hoje dizendo estranhar a justificativa do Presidente Salomão Torres (PSDB), que afirmou não ter conhecimento da participação dos profissionais que, para uma reunião daquela importância, a sua possível atuação não tivesse sido informada à Presidência. Enquanto a equipe do prefeito James Ribeiro filmavam a sessão em Plenário, a imprensa continuou a desenvolver seus trabalhos do lado de fora na galeria.

Após ser lida a comunicação oficial da candidatura de uma Chapa Única, composta pelos candidatos Salomão Torres – PSDB (Presidente); Marta Gaia – PRP (Vice – Presidente); Fábio Targino – PT – (1º Secretário); Ernandes da Saúde – PHS (2º Secretário) e Gilberto Vitório – PMDB – (3º Secretário), esta composição foi eleita pelo placar de 10 votos a favor frente a apenas quatro contra, que foram justamente os que protestaram acerca da presença da equipe de comunicação do Prefeito James Ribeiro. Outro fato que causou espanto foi o vereador Fábio Targino (PT) fazer parte da chapa única aceita pela grande maioria dos edis, com apoio irrestrito do prefeito James Ribeiro (PSDB).

Dos vereadores que deram o “sim” de apoio à Chapa Única, apenas Sérgio Passarinho (PMDB) justificou seu voto, afirmando que era responsável pelos seus atos, e que todos o conheciam. “Não posso ser incoerente com a minha conduta. Estou nesse projeto desde o seu início, além do que, o povo que me elegeu foi para um mandato de vereador, de quatro anos, e não para dois anos de 1º Secretário”, afirmou Passarinho.

Dos que votaram contra a Chapa, todos quatro fizeram críticas contundentes, tanto quanto ao exemplo de “subserviência ao prefeito James Ribeiro”, de acordo com Agenor Leôncio, quanto à condução da Mesa pelo presidente Salomão Torres durante o período.

Entretanto o mais incisivo e conclusivo foi o vereador Márcio Henrique que, dentro dos três minutos que lhe são permitidos regimentalmente para justificar o voto, já foi duro quanto à posição da maioria, e anunciou que logo que chegasse a sua vez das explicações pessoais iria complementar, e assim o fez, de maneira mais dura ainda. “Nosso verdadeiro patrão é o povo. O que presenciamos hoje aqui é uma verdadeira falta de independência e de respeito a este Poder Legislativo. Atrás deste microfone aqui da Tribuna, a realidade parece ser uma, porém fora daqui os interesses pessoais se sobressaem”. Ao se estender um pouco mais, o parlamentar em tom de desabafo e decepção, ainda afirmou: “Foram dois anos de luta para ver se esta Casa de Leis modificava o seu comportamento, mas a cada dia comprovava, senhor presidente, a sua conduta abusiva em relação ao poder que detinha e continuará detendo por mais dois anos, infelizmente. Mas nós, que nos posicionamos contrários em relação à vergonha que hoje presenciamos aqui, ainda estaremos aqui. O povo de Palmeira dos Índios não merece isto”, Concluiu Márcio Henrique.

Da Redação