Entenda como é calculada a nota do Enem
Estudantes de todo Brasil estão ansiosos para saber a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014. O Exame foi realizado em 1.752 municípios brasileiros, tendo mais de 8,7 milhões de candidatos inscritos. De acordo com o cronograma divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), o resultado deve ser publicado no mês de janeiro de 2015. Apesar da expectativa, muitos participantes ainda não sabem como é calculada a nota final do Enem. Com intuito de esclarecer algumas dúvidas, o Vida de Calouro separou os principais tópicos sobre o assunto. Confira:
Metodologia
A metodologia utilizada para correção do Enem é chamada de Teoria de Resposta ao Item (TRI). Ela tem o objetivo de medir o conhecimento do participante da maneira mais precisa possível. Ao contrário dos vestibulares tradicionais, as notas são calculadas levando em consideração a quantidade de acertos e, principalmente, a dificuldade de cada questão. De uma maneira geral, uma pergunta com baixo índice de acertos é considerada difícil, consequentemente terá mais “peso” na pontuação final. Já aquelas que têm alto índice de acertos são classificadas como fáceis e contam menos pontos na nota final do candidato.
Pontuação
As provas do Enem, assim como a média final, são pontuadas dentro de uma escala de 0 a 1.000 pontos.
Provas
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o mínimo e o máximo em cada prova dependem somente das questões que compõem a prova e não de quem as responde. Apesar de as provas poderem apresentar mínimos e máximos diferentes, seus resultados são comparáveis, pois eles são todos calculados na mesma escala construída a partir de uma única matriz de competências. Para o Enem foram desenvolvidas quatro escalas, uma para cada área do conhecimento. Quando a prova é composta com muitos itens fáceis, o máximo da prova tenderá a ser mais baixo, e quando ela é composta com muitos itens difíceis, o mínimo tenderá a ser mais alto. Isso impossibilita alguém a zerar as provas objetivas ou tirar nota mil. De uma maneira geral, as provas quando são montadas, já levam um valor mínimo.
Critérios
A Teoria de Resposta ao Item (TRI), usada como metodologia para avaliação das questões do Enem, leva em consideração três informações essenciais para avaliar a qualidade da questão:
a) parâmetro de discriminação: é o poder de discriminação que cada questão possui para diferenciar os participantes que dominam dos participantes que não dominam a habilidade avaliada naquela questão.
b) parâmetro de dificuldade: associado à dificuldade da habilidade avaliada na questão, quanto maior seu valor, mais difícil é a questão. Ele é expresso na mesma escala da proficiência. Em uma prova de qualidade, devemos ter questões de diferentes níveis de dificuldade para avaliar adequadamente os participantes em todos os níveis de conhecimento.
c) parâmetro de acerto casual: em provas de múltipla escolha, um participante que não domina a habilidade avaliada em uma determinada questão da prova pode responder corretamente a esse item por acerto casual. Assim, esse parâmetro representa a probabilidade de um participante acertar a questão não dominando a habilidade exigida.
Coerência
A Teoria de Resposta ao Item (TRI), usada na avaliação do Enem, considera a coerência das respostas corretas do participante. Espera-se que participantes que acertaram as questões difíceis acertem também as questões fáceis. Esse modelo de avaliação, entende que a aquisição do conhecimento ocorre de forma cumulativa, e para isso as habilidades mais complexas requerem o domínio de habilidades mais simples. Assim, a coerência pedagógica esperada é que o participante acerte as questões que estão abaixo de seu nível de proficiência. No entanto, vale lembrar que todo acerto aumenta a nota, mas o acerto casual ou “chute” diferencia o resultado final do desempenho dos participantes.
Então dedos cruzados e boa sorte com sua nota final!
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